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Petistas põem em dúvida ameaça de rompimento de Cunha

Para petistas, mesmo com esgarçamento da relação entre Planalto e PMDB, peemedebistas dificilmente abrirão mão de indicar vice da candidatura de Dilma

Eduardo Cunha: o líder do PT na Câmara é um dos que apostam na recomposição da base aliada e duvida das ameaças de Cunha (Agencia Camara)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 17h33.

Brasília - Embora o presidente nacional do PT , Rui Falcão, tenha silenciado diante das declarações do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), dirigentes da cúpula do partido nos bastidores não acreditam que a ameaça de rompimento será levada adiante.

Na avaliação dos petistas, mesmo com o esgarçamento da relação entre o Planalto e o PMDB - que segue insatisfeito com o represamento das emendas individuais dos parlamentares e a condução da reforma ministerial -, os peemedebistas dificilmente abrirão mão de indicar o vice da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), é um dos que apostam na recomposição da base aliada e duvida das ameaças de Cunha.

"Quando ele faz isso ele não quer que o (Michel) Temer seja o vice de Dilma? Não acho que ele pense isso. Não posso acreditar que um partido do governo, que tem a vice-Presidência da República, decida agora sair fora", comentou Vicentinho.

O vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, foi na mesma linha de outro vice-presidente, o deputado José Guimarães (CE), e classificou as manifestações do líder do PMDB como "mera tensão pré-eleitoral".

"O PMDB é fundamental na aliança. Não se pode carnavalizar as questões políticas. Ameaças não levam a nada. O PMDB não é aventureiro", declarou.

Já outro dirigente da cúpula nacional acredita que as ameaças de Cunha não passam de "chantagem". "É chantagem pura, não é para valer. Eles (peemedebistas) são especialistas nisso", concluiu o petista que preferiu não se identificar.

Mais próximo do foco de tensão, um deputado petista afirma que a crise na articulação política do PT e do Palácio do Planalto pode ser séria o suficiente para tornar a situação com o PMDB irreversível. "Posso discordar do Eduardo Cunha, mas ele tem tradição de cumprir o que fala. Ele joga duro", afirmou o petista.

Artilharia

Para evitar alimentar a polêmica, os petistas não tocaram no assunto nas redes sociais, mas os peemedebistas mantiveram a artilharia e manifestaram apoio à Cunha.

"O PT nunca respeitou o PMDB. Somos só 6 minutos de propaganda eleitoral para eles. Nada mais!", escreveu o deputado Osmar Terra (PMDB-RS). "O PT gosta de falar mal do PMDB. Está fácil de resolver, não nos queira na aliança", concordou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Em resposta aos aliados, Cunha disse que apenas reagiu a uma "agressão" de Rui Falcão, que teria dito que o PMDB da Câmara estaria insatisfeito por não ter recebido cargos na reforma ministerial. "Quando falei em repensar, não falei ainda em romper e sim em rediscutir os termos dessa aliança, a qual não somos respeitados", enfatizou o líder peemedebista.

"Romper ou não, convocar ou não a convenção, não cabe a mim e sim à maioria do partido", emendou. O líder disse que aguardará os "desdobramentos" do episódio e que voltará a discutir o assunto com a bancada na próxima terça-feira, 11. "Não sigo nem seguirei a minha vontade e sim a da maioria da bancada", finalizou.

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Brasília - Embora o presidente nacional do PT , Rui Falcão, tenha silenciado diante das declarações do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), dirigentes da cúpula do partido nos bastidores não acreditam que a ameaça de rompimento será levada adiante.

Na avaliação dos petistas, mesmo com o esgarçamento da relação entre o Planalto e o PMDB - que segue insatisfeito com o represamento das emendas individuais dos parlamentares e a condução da reforma ministerial -, os peemedebistas dificilmente abrirão mão de indicar o vice da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), é um dos que apostam na recomposição da base aliada e duvida das ameaças de Cunha.

"Quando ele faz isso ele não quer que o (Michel) Temer seja o vice de Dilma? Não acho que ele pense isso. Não posso acreditar que um partido do governo, que tem a vice-Presidência da República, decida agora sair fora", comentou Vicentinho.

O vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, foi na mesma linha de outro vice-presidente, o deputado José Guimarães (CE), e classificou as manifestações do líder do PMDB como "mera tensão pré-eleitoral".

"O PMDB é fundamental na aliança. Não se pode carnavalizar as questões políticas. Ameaças não levam a nada. O PMDB não é aventureiro", declarou.

Já outro dirigente da cúpula nacional acredita que as ameaças de Cunha não passam de "chantagem". "É chantagem pura, não é para valer. Eles (peemedebistas) são especialistas nisso", concluiu o petista que preferiu não se identificar.

Mais próximo do foco de tensão, um deputado petista afirma que a crise na articulação política do PT e do Palácio do Planalto pode ser séria o suficiente para tornar a situação com o PMDB irreversível. "Posso discordar do Eduardo Cunha, mas ele tem tradição de cumprir o que fala. Ele joga duro", afirmou o petista.

Artilharia

Para evitar alimentar a polêmica, os petistas não tocaram no assunto nas redes sociais, mas os peemedebistas mantiveram a artilharia e manifestaram apoio à Cunha.

"O PT nunca respeitou o PMDB. Somos só 6 minutos de propaganda eleitoral para eles. Nada mais!", escreveu o deputado Osmar Terra (PMDB-RS). "O PT gosta de falar mal do PMDB. Está fácil de resolver, não nos queira na aliança", concordou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Em resposta aos aliados, Cunha disse que apenas reagiu a uma "agressão" de Rui Falcão, que teria dito que o PMDB da Câmara estaria insatisfeito por não ter recebido cargos na reforma ministerial. "Quando falei em repensar, não falei ainda em romper e sim em rediscutir os termos dessa aliança, a qual não somos respeitados", enfatizou o líder peemedebista.

"Romper ou não, convocar ou não a convenção, não cabe a mim e sim à maioria do partido", emendou. O líder disse que aguardará os "desdobramentos" do episódio e que voltará a discutir o assunto com a bancada na próxima terça-feira, 11. "Não sigo nem seguirei a minha vontade e sim a da maioria da bancada", finalizou.

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