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Pestana diz que reforma política corre risco de "morrer na praia"

O deputado, que é vice-presidente da comissão de reforma política na Câmara, lembrou que a Casa tem 30 dias para resolver essa questão para 2018

Marcus Pestana: "Imagina a bagunça que é uma reunião de líderes, com 27 partidos" (Facebook/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 18h33.

São Paulo - O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) criticou nesta quinta-feira, 31, a falta de articulação dos líderes no Congresso para a aprovação da reforma política , afirmando que ela corre risco de "morrer na praia" devido ao pouco tempo hábil.

"Temos 30 dias para resolver essa questão para 2018", lembrou o tucano, que é vice-presidente da comissão de reforma política na Câmara.

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Ontem, o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) admitiu que a falta de acordo pode inviabilizar a aprovação da reforma política.

A proposta relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), que prevê o fim das coligações e institui cláusula de barreira aos partidos, foi adiada para a próxima semana ou até mesmo a seguinte, por causa do feriado de 7 de setembro. A PEC que propõe o distritão e o financiamento público de campanha também está parada por falta de acordo.

Para valer para a próxima eleição, as mudanças têm que ser aprovadas até o começo de outubro.

Para Pestana, que participa de um debate sobre o financiamento de campanha na Fundação Fernando Henrique Cardoso, a falta de coordenação dos líderes é um claro sinal da necessidade de se fazer a reforma.

"Imagina a bagunça que é uma reunião de líderes, com 27 partidos", criticou.

"A representação tem que ter filtros para que a governabilidade não seja baseada no presidencialismo de cooptação. Como fazer reforma da previdência com esse quadro de pulverização?", questionou.

O tucano disse que sempre foi contra o distritão, que considera "uma falência do sistema partidário", mas que foi convencido a votar por ele como garantia para uma transição para o distrital misto em 2022.

"Mas até essa alternativa já subiu no telhado", lamentou.

O parlamentar afirmou também que a ideia de restituir o financiamento privado voltou a circular em meio à polêmica sobre a criação de um fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões para o ano que vem.

Ele ponderou, no entanto, que "não há clima político" para essa discussão no momento.

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