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PEC do teto é protagonista de almoço entre Temer e FHC

Presidente e tucano trocaram figurinhas sobre recuperação da economia, eleição de 2018 e reforma política

Temer: para presidente, situação brasileira é diferente da mexicana (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: para presidente, situação brasileira é diferente da mexicana (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 13h35.

Brasília – Sem compromissos oficiais nesta quarta-feira (12), o presidente Michel Temer (PMDB) aproveitou o dia livre para oferecer um almoço para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos públicos foi o principal assunto do encontro. O ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, também participaram do encontro.

Durante a conversa, que aconteceu no Palácio do Jaburu - residência oficial da vice-presidência -, FHC afirmou a Temer que a aprovação da PEC foi bem recebida pelo mercado financeiro. O presidente de honra do PSDB avaliou a aprovação da proposta como importante sinal de que o governo tem força para pôr em prática o plano de recuperação da economia. 

Na conversa, o líder tucano indicou que o partido deve se empenhar no Senado da mesma maneira que trabalhou na Câmara para aprovar a PEC do teto. Na segunda-feira (10), o PSDB votou em peso a favor da medida, que foi aada com o apoio de 366 parlamentares. 

Dos 51 deputados tucanos, 47 estavam presentes à sessão e todos votaram a favor do textoi-base da PEC.

Durante o almoço – regado a camarão, carne e salada -, FHC afirmou que o Brasil está em um momento delicado do ponto de vista econômico. O tucano disse ainda que é necessário que toda a base governista se esforce para aprovar a reforma da Previdência, considerada essencial para reequilibrar as contas públicas do país.

Reforma Política

Outra pauta que foi discutida no almoço foi a reforma política, que deve chegar ao Congresso a partir de novembro. O ex-presidente defendeu a necessidade de mudanças no sistema político do país. 

O tucano demonstrou preocupação com a participação do crime organizado no financiamento de campanhas eleitorais. A partir deste ano, as campanhas só puderam receber recursos do fundo partidário e de pessoa física.

Mesmo concordando com FHC, Temer não indicou em que lugar da fila a reforma política entra como prioridade do seu governo.

Eleições 2018

FHC usou de sua experiência à frente do Palácio do Planalto para aconselhar Temer sobre a importância de manter a base aliada unida para levar o projeto de reconstrução nacional adiante. Nesse contexto, o tucano disse que é importante que o peemedebista não alimente rumores sobre as eleições presidenciais de 2018.

Para o peessedebista, a base governista está afoita por causa de 2018 e eventuais “rachas” devem ser evitados. Ele destacou que governo não pode desperdiçar tempo com debates antecipados. O foco, segundo ele, deve ser resgatar a economia. Temer concordou. 

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