Brasil

Pazuello: Até fevereiro haverá uma "avalanche" de propostas de venda de vacinas ao Brasil

Em um evento com o Conselho do Secretários Municipais de Saúde, Pazuello afirmou que existem cerca de 270 iniciativas de novas vacinas contra covid-19 no mundo

Ministro Pazuello na apresentação do Plano Estratégico de Enfrentamento á covid-19 no Amazonas (Euzivaldo Queiroz/MS/Divulgação)

Ministro Pazuello na apresentação do Plano Estratégico de Enfrentamento á covid-19 no Amazonas (Euzivaldo Queiroz/MS/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 11h41.

Última atualização em 21 de janeiro de 2021 às 13h10.

O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira que entre o final deste mês e o início de fevereiro haverá uma "avalanche de laboratórios" apresentando propostas de venda de vacinas contra Covid-19 ao Brasil.

Em um evento com o Conselho do Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Pazuello afirmou que existem cerca de 270 iniciativas de novas vacinas no mundo.

"Temos que estar com muita atenção e cuidado para estarmos com elas disponíveis o mais rápido possível dentro da atenção e da segurança e eficácia e da nossa capacidade de colocá-las no lugar certo e na hora certa", disse o ministro.

Pazuello disse ainda que o governo brasileiro está no processo de receber as novas doses da Coronavac que estão já prontas.

Apesar das várias iniciativas, o governo brasileiro não tem acordo com nenhum laboratório além da AstraZeneca, cuja vacina será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, e o acerto para a compra das doses da chinesa CoronaVac entregues ou produzidas pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista.

O país participa da iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) Covax Facilities com a previsão de compra de 42 milhões de doses apenas. O governo mantém negociações com a Pfizer.

SUS

Pazuello exaltou o trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) e pediu confiança no sistema público. Diante da politização que a corrida por vacina contra a covid-19 resultou no cenário brasileiro, o ministro afirmou que o País é um só. "Ele nunca foi dividido, ele nunca será dividido", disse. "Confiem no SUS", afirmou ainda durante participação em evento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

O ministro iniciou seu discurso afirmando que, em nome das mais de 210 mil mortes por covid-19, a luta contra o vírus "não pode parar". Durante o evento, foi lançado o ImunizaSUS, iniciativa do Conasems com apoio do Ministério da Saúde. O objetivo do programa é capacitar mais de 94 mil profissionais de saúde que atuam direta ou indiretamente nas ações de imunização em municípios de todo o País.

Ao reverenciar o SUS e sua universalidade, Pazuello afirmou que o canal Conasems/SUS "permite dar amplitude e capilaridade às nossas ações" - de capacitação do SUS e de agentes de saúde e de pesquisa e comunicação entre todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do País via net. Pazuello afirmou também que o programa, ao fornecer informações técnico-científicas, "vai poder levar o conhecimento até as casas".

O ministro informou que o investimento inicial do projeto foi de R$ 58 milhões e que haverá mais R$ 140 milhões para "trabalhar junto com a formação técnica". "Estamos dando um passo grande na melhoria do sistema de saúde", avaliou.

O projeto, segundo Pazuello, é "paralelo à vacina e ao combate ao coronavírus". De acordo com o ministro, a pasta está no processo de receber as novas doses dos imunizantes da Oxford/AstraZeneca e do Instituto Butantan.

Ele se mostrou otimista e disse que, a partir do meio de janeiro e começo de fevereiro, é esperada uma "avalanche de laboratórios apresentando propostas" de vacinas ao Brasil. Mas o general não citou datas.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGoverno BolsonaroMinistério da SaúdeVacinas

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos