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Parlamento da Venezuela pedirá que Celso Amorim seja declarado 'persona non grata'

Jorge Rodríguez afirma que Celso Amorim agiu a favor dos EUA durante eleições venezuelanas; Brasil pede mais transparência

Jorge Rodríguez critica Celso Amorim por suposta interferência nas eleições da Venezuela (Rio Branco/Divulgação)

Jorge Rodríguez critica Celso Amorim por suposta interferência nas eleições da Venezuela (Rio Branco/Divulgação)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 30 de outubro de 2024 às 20h33.

Última atualização em 30 de outubro de 2024 às 20h58.

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O presidente do Parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou nesta terça-feira, 30, que pedirá a declaração de persona non grata ao brasileiro Celso Amorim, assessor especial da Presidência do Brasil. Segundo Rodríguez, Amorim teria atuado como “instrumento” do conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, nas eleições presidenciais venezuelanas, realizadas em 28 de julho.

Em um comunicado, Rodríguez afirmou que Amorim participou do processo “em nome de Sullivan” e que sua presença visava prejudicar o andamento normal das eleições, vencidas oficialmente por Nicolás Maduro. O Brasil, no entanto, não reconheceu o resultado e exige a divulgação de atas eleitorais detalhadas antes de se posicionar.

Segundo o parlamentar venezuelano, Amorim teria se comportado “mais como interlocutor do governo dos EUA” do que como representante do governo brasileiro liderado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Posição de Amorim e resposta do Brasil

Rodríguez declarou: “Se a sua posição é de não intervenção em nossos assuntos, peço respeitosamente que reveja sua conduta”. O comentário foi uma resposta à declaração de Amorim sobre a falta de transparência no processo eleitoral, na qual o assessor brasileiro afirmou que o Brasil não reconhece o resultado oficial das eleições.

Amorim defende que o Brasil se orienta por princípios de defesa da democracia, não interferência e resolução pacífica de disputas, destacando a exigência brasileira de um detalhamento dos resultados. A maior coalizão opositora da Venezuela também questiona o processo, qualificando-o de “fraudulento” e publicando 83,5% das atas eleitorais como prova da vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia.

Repercussões internacionais e tensões crescentes

As relações entre Brasil e Venezuela se deterioraram após as eleições. Além de não reconhecer o resultado oficial, o Brasil recentemente recusou aceitar a Venezuela no bloco Brics. A comunidade internacional apoia o pedido de transparência, vendo a situação com cautela e exigindo provas claras de vitória para qualquer candidato.

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