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Onde Covas e Boulos precisam melhorar desempenho para vencer o 2º turno

Covas venceu mesmo em reduto "anti-PSDB". Já Boulos teve melhor desempenho em Pinheiros e Bela Vista, mas mesmo assim não conseguiu vencer Covas

Segundo turno em SP: Os dois candidatos terão duas semanas para convencer o eleitorado (Montagem/Exame)
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André Martins

Publicado em 17 de novembro de 2020 às 15h10.

Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 17h04.

A eleição municipal de um dos maiores colégios eleitorais do Brasil definiu que Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo turno para prefeito em São Paulo.

A campanha para o segundo turno já começou — ontem a CNN Brasil promoveu o primeiro debate — e os candidatos têm até o dia 29 de novembro para melhorar a porcentagem de votos para sair vencedor.

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A situação de Bruno Covas é mais confortável. O tucano venceu em todas as zonas eleitorais da cidade, vezes ficando à frente de Boulos, vezes ficando a frente de Jilmar Tatto (PT). Os melhores resultados foram, no Jardim Paulista onde teve 44,52% dos votos, em Indianópolis com 44,05%, Santo Amaro com 41,78% e na Saúde com 41,53%. Outro destaque, mesmo sem uma larga vantagem, foi a vitória do atual prefeito em Palheireiros e Grajaú, no extremo sul de SP, reduto em que historicamente o PSDB é derrotado.

Mesmo com os bons números no primeiro turno, algumas regiões necessitam atenção para a campanha tucana sair vencedora. Em Valo Velho e Bela Vista, a diferença para o segundo colocado não passou de 4%.

Já Guilherme Boulos, terá um grande desafio para conseguir superar Covas e se tornar o próximo prefeito de São Paulo. O candidato do PSOL não conseguiu vencer o atual prefeito nem nas regiões que teve uma votação mais expressiva, como Pinheiros com 31,89%, Perdizes com 29,45% e principalmente na Bela Vista com 29,66%, onde a diferença entre os dois foi menos de 4%.

Além de melhorar nas regiões que já foi bem, Boulos também tem o desafio de conseguir conquistar o eleitorado que menos votou nele no primeiro turno. No extremo da zona Sul, em Palheireiros e Grajaú, o candidato do PSOL ficou em terceiro, atrás de Tatto. Mesmo em segundo colocado, Boulos teve o seu pior resultado na Vila Maria, onde alcançou apenas 15,85% dos votos. No Jardim Paulista, viu a maior diferença que Covas teve em todas as regiões, quase 23%. Itaim Paulista e Vila Sabrina, também foram zonas eleitorais que Boulos teve menos de 17% dos votos validos.

Por outro lado, somando os votos de Boulos aos de Tatto, o Psolista passaria a ganhar em todos os extremos da cidade. Embora siga perdendo no centro expandido, os números podem mostrar que uma frente ampla articulada de esquerda pode aumentar as chances do candidato.

Diferentemente do primeiro turno, a maioria das redes de televisão promoverão debates entre os dois candidatos e o tempo de propaganda eleitoral gratuita na TV será dividido igualmente. Enquanto Covas começou um segundo turno com um discurso que é o mais preparado e quer combater o radicalismo, Boulos aponta que a sua chapa é a mudança que a cidade precisa e que agora a disputa será de igual para igual.

 

 

 

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