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Nova fase da Vale; “lei de falência”…

A nova fase da Vale A mineradora Vale anunciou nesta segunda-feira um plano, sujeito à aprovação da assembleia de acionistas, de fazer da Vale uma empresa “sem controle definido”. Para isso, a mineradora vai acabar com as ações preferenciais e ingressar no mais alto segmento de governança da BM&FBovespa, o Novo Mercado, em até três anos. […]

MINÉRIO: alta de 1,02% nos preços da commodity impulsionaram ações como da mineradora Vale e da siderúrgica CSN / Germano Lüders (Vale/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 06h16.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h41.

A nova fase da Vale

A mineradora Vale anunciou nesta segunda-feira um plano, sujeito à aprovação da assembleia de acionistas, de fazer da Vale uma empresa “sem controle definido”. Para isso, a mineradora vai acabar com as ações preferenciais e ingressar no mais alto segmento de governança da BM&FBovespa, o Novo Mercado, em até três anos. Após o anúncio, as ações ordinárias da companhia subiram 6,9% e as preferenciais, 6,1%. Com isso, a mineradora ganhou mais de 11 bilhões de reais em valor de mercado em apenas um dia. As ações da holding Bradespar tiveram a maior alta do dia no Ibovespa, 16,6%. Os antigos integrantes da holding Valepar, que será incorporada pela Vale, assinarão um novo acordo que travará seus papéis em até 20% do total de ações ordinárias da companhia, com duração até novembro de 2020, sem previsão para renovação.

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PF em cima de Lula e Dilma

A Polícia Federal concluiu um inquérito no qual afirma que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e o ex-ministro Aloísio Mercadante atuaram na tentativa de obstruir a Operação Lava-Jato. Um relatório sobre o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. A PF indica que os três políticos sejam denunciados pelo crime de obstrução de Justiça em primeira instância, pois não detêm mais foro privilegiado. A Mercadante também seria imputado o crime de tráfico de influência. Eles teriam tentado embaraçar a investigação quando Lula foi nomeado para o Ministério da Casa Civil — nomeação esta que foi suspensa pelo ministro Gilmar Mendes. Mercadante também foi flagrado por um assessor do senador cassado Delcídio do Amaral oferecendo ajuda em troca do silêncio do parlamentar.



Cedae à venda

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou, por 41 votos favoráveis e 28 contrários, a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do estado. A venda da empresa é um ponto crucial do pacote de reestruturação do governo carioca, que coloca a empresa como garantia da negociação com o governo federal. A companhia está avaliada em 3,5 bilhões de reais. Faltaram ser votados 211 destaques, que devem ser analisados a partir desta terça-feira 21. Houve protestos que resultaram em atos violentos e, de acordo com a polícia, pelo menos 18 pessoas foram presas.

A “lei de falência”

Ainda no debate sobre a recuperação dos estados, o governo apresentou ontem ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) o novo projeto de lei de recuperação dos estados. A proposta, que tramitará em regime de urgência, prevê uma série de contrapartidas dos estados para poderem suspender os pagamentos de dívidas com a União por três anos. Entre as contrapartidas está a obrigação de privatizar uma companhia estadual, como está fazendo o Rio, com a Cedae. O plano é aprovar o projeto até abril. “É o suficiente para que os estados pagem suas contas no curto prazo. Nem mais, nem menos”, afirmou à Globonews o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Jucá se explica

O senador Romero Jucá usou a tribuna do Senado para explicar algumas declarações que deu ultimamente. Ele reclamou estar sendo “patrulhado” pela imprensa. Jucá foi muito criticado por uma PEC que apresentou na semana passada propondo que seja vetada a investigação do presidente do Senado e do presidente da Câmara dos Deputados por atos fora de seu mandato. A proposta foi tida como uma maneira de blindar os parlamentares. O senador, que foi gravado antes do impeachment falando sobre “estancar a sangria” da Lava-Jato colocando Michel Temer na Presidência, disse que, na ocasião, ele se referia à economia brasileira, e não à operação. “Lava-Jato não é sangramento, é remédio. Mudou a política para melhor”, bradou.

Unilever despenca

As ações da empresa de bens de consumo Unilever despencaram 7,81% na bolsa de Londres após a companhia de alimentos Heinz retirar a oferta de 143 bilhões de dólares que fez pela Unilever. As ações da Heinz não tiveram negociação, em decorrência do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos. Segundo informações do jornal britânico Financial Times, o fundo 3G, do bilionário Jorge Paulo Lemann, tem até 15 bilhões de dólares já preparados para a próxima megaoferta. Desse montante, 10 bilhões de dólares são do último levantamento de fundos da 3G, que tem a opção de pedir a investidores outros 5 bilhões, segundo fontes do jornal.

Luz no fim do túnel?

De acordo com um relatório divulgado pelo banco Itaú, a economia deve parar de eliminar vagas formais de trabalho. No cenário traçado pelo banco, os números de janeiro do Caged, do Ministério do Trabalho, devem ter permanecido estáveis, invertendo meses seguidos de redução de vagas formais. Em 2016, o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos de trabalho devido à forte recessão econômica e registrou o segundo pior resultado da série histórica iniciada em 1992, de acordo com o Caged. Segundo economistas, o nível de emprego é o último indicador a melhorar após uma forte recessão.

Le Pen investigada

A polícia francesa efetuou buscas na sede do comitê de campanha de Marine Le Pen, candidata de extrema direita à Presidência do país. Ela é acusada de ter pagado membros de sua equipe com fundos da União Europeia em 2011 e 2012. Em comunicado, a Frente Nacional, partido de Le Pen, disse que as buscas são uma “operação midiática” para “desestabilizar” as eleições. Também nesta segunda-feira uma pesquisa da agência Opinionway mostra que a ultraconservadora venceria no primeiro turno com 27% dos votos, enquanto o centrista Emmanuel Macron e o conservador François Fillon ficariam empatados com 20%. Mas, numa simulação de segundo turno, ambos venceriam Le Pen: Macron por 58% a 42%, e Fillon por 56% a 44%.

Sem resultado no Equador

Depois de ir às urnas no domingo, os equatorianos só conhecerão o resultado das eleições presidenciais ao longo da semana. Com 90% das urnas apuradas, quem lidera é o candidato do governo, Lenín Moreno, com 39,1% dos votos, ante 28,3% do conservador Guilhermo Lasso. Com esse resultado, o pleito poderá ir para o segundo turno pela primeira vez desde 2006, quando o atual presidente Rafael Correa foi eleito pela primeira vez. A lentidão na apuração dos votos é questionada pela oposição, e Lasso afirma que sua equipe estará “vigilante” para “evitar uma fraude”. A Justiça Eleitoral disse que conseguirá terminar a contagem dos votos em três dias, no máximo.

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