Brasil

Pressão popular irá definir o futuro de Dilma, diz Arko

Presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aceitou pedido de impeachment na tarde desta quarta-feira

Dilma Rousseff antes do discurso na plenária da ONU em Nova York (Mike Segar/Reuters)

Dilma Rousseff antes do discurso na plenária da ONU em Nova York (Mike Segar/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 19h47.

São Paulo – A presidente Dilma Rousseff terá trabalho nos próximos dias para reverter o processo de impeachment deflagrado hoje pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Para Thiago de Aragão, sócio e analista na consultoria de risco político Arko Advice, apesar do Partido dos Trabalhadores (PT) ter batido de frente com Cunha no processo que corre na Comissão de Ética, ainda é cedo para o partido ver o jogo como ganho. “É quase impossível para o PT ter tranquilidade nesse momento”, diz Aragão. 

“Se a votação fosse hoje, Dilma poderia se salvar. Uma possível votação em março, no entanto, é mais difícil de prever”, diz. “A pressão da população é o que irá definir o fim do processo. Prova disso é o que aconteceu nesta semana na votação sobre a prisão do Delcídio do Amaral. Depois de receberem uma enxurrada de e-mails e mensagens, muitos mudaram de ideia”.

Entenda mais

O documento aceito por Cunha foi protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal no último dia 21 de outubro (veja o pedido na íntegra).

A decisão aconteceu algumas horas depois que a bancada do PT na Câmara optou por votar em favor do prosseguimento do processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha, que é acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente mentir na CPI da Petrobras sobre a titularidade de contas na Suíça.

O peemedebista nega, contudo, que o acolhimento do processo de impeachment seja motivado por razões políticas. Segundo ele, o parecer técnico foi concluído no último sábado. "Não há condições para postergar mais", afirmou o presidente da Câmara.

No processo de impeachment, a aceitação do pedido é o segundo de cinco passos básicos para a instauração do processo de cassação de um presidente da República (veja o passo a passo)

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEduardo CunhaImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Sexto voo de repatriação do sexto voo de repatriação do Líbano chega com 212 passageiros

Campanha de Boulos cancela caminhadas com Lula por chuvas em SP

Bairros de São Paulo voltam a ter falta de energia; 73 mil clientes na capital seguem sem luz

Chuvas fortes se deslocam de São Paulo para Minas Gerais e Rio de Janeiro