Brasil

MP vai investigar incêndio que parou a CPTM

Todas as seis linhas da empresa ficaram paralisadas por quatro horas. O fogo atingiu o prédio que controla a operação dos trens


	CPTM: "a questão central é a do orçamento da CPTM, uma questão de verba. O Estado tem mandado um orçamento para ela (CPTM) que é insuficiente para atender a demanda que eles têm", afirma Maurício Ribeiro Lopes, promotor de Habitação e Urbanismo.
 (Marcos Santos/USP Imagens)

CPTM: "a questão central é a do orçamento da CPTM, uma questão de verba. O Estado tem mandado um orçamento para ela (CPTM) que é insuficiente para atender a demanda que eles têm", afirma Maurício Ribeiro Lopes, promotor de Habitação e Urbanismo. (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 22h53.

São Paulo - O Ministério Público Estadual vai investigar as causas do incêndio que paralisou a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no sábado, 6. Todas as seis linhas da empresa ficaram paralisadas por quatro horas e prejudicou quase 400 mil passageiros. O fogo atingiu o prédio que controla a operação dos trens.

"A questão central é a do orçamento da CPTM, uma questão de verba. O Estado tem mandado um orçamento para ela (CPTM) que é insuficiente para atender a demanda que eles têm", afirma Maurício Ribeiro Lopes, promotor de Habitação e Urbanismo. "É uma impressão que tenho em função das constantes falhas que têm havido.

De acordo com o promotor, a CPTM opera com as linhas "no limite" e "sobrecarregadas". "E é no limite que acontecem os erros. Acho que essa falha pode estar relacionada a essa operação no limite das forças da CPTM." O promotor enviará nesta quarta-feira, 10, à CPTM um questionário para tentar esclarecer o ocorrido.

Em 2012, a CPTM transportou 764,2 milhões de passageiros, 9,1% a mais do que no ano anterior. Segundo o relatório da administração da empresa, no ano passado houve um incremento de 16,1% na receita operacional bruta da companhia, chegando a R$ 1,7 bilhão.

Contudo, mesmo assim, a empresa teve prejuízo de R$ 217,2 milhões, patamar um pouco maior do que o do ano anterior, R$ 216,9 milhões. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou que o aumento do prejuízo "ficou muito aquém do índice de inflação em 2012, fixado em 5,84%".

Ainda de acordo com a nota, a CPTM, que é uma sociedade de economia mista dependente do governo do Estado, tem receitas tarifárias que "não cobrem os custos de capital e operacionais impostos pela produção do serviço".

Acompanhe tudo sobre:CPTMEmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasIncêndiosMinistério Públicomobilidade-urbana

Mais de Brasil

Lula anunciará Paulo Pimenta como ministro para reconstrução do Rio Grande do Sul

TSE nega recurso que pedia cassação de Zema, mas aplica multa

Enchentes no RS: deputados aprovam 'calamidade' até 2026 e derrubam regras de gastos

Enchentes no RS: aeroporto Salgado Filho não deve reabrir até setembro

Mais na Exame