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Mobilização contra Dilma é grave, avaliam petistas

Mesmo com o discurso minimizador de lideranças do governo e do PT, membros do partido consideram "grave" o panelaço e o buzinaço realizados neste domingo

A presidente Dilma Rousseff: avaliação de petistas é que o grupo contrário ao governo de Dilma já tem uma mobilização forte e organizada - a partir de São Paulo (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 18h14.

Ribeirão Preto e São Paulo - Mesmo com o discurso minimizador de lideranças do governo e do PT , membros do partido consideram "grave" o panelaço e o buzinaço realizados neste domingo, 8, em várias capitais brasileiras, durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff .

A avaliação de petistas é que o grupo contrário ao governo de Dilma já tem uma mobilização forte e organizada - a partir de São Paulo - e já ganhou outras capitais.

Para piorar, o movimento deixou a elite, ganhou a classe média e pode chegar a outros setores da sociedade, principalmente de eleitores petistas.

Membros do PT foram mais cautelosos e consideraram ainda um erro a atitude de outros partidários de culpar a burguesia, ligar o protesto à oposição e ainda repetir o discurso de que os protestos, cada vez mais fortes, são um terceiro turno da eleição que reconduziu Dilma ao Planalto.

"Tem de ter muita inteligência para enfrentar esse movimento e não ficar falando besteira", disse uma liderança do PT.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a reação ao pronunciamento da presidente demonstra a tensão existente no ambiente político e acredita que a tarefa da legenda é tentar reverter o "processo de envenenamento" existente, marcado por um conteúdo "agressivo e irracional".

"Não dá para minimizar, mas não podemos admitir este tom. Nossa posição tem de ser a de fazer o diálogo", disse o deputado.

Teixeira é da corrente Mensagem ao Partido, mais crítica aos rumos do PT nos últimos anos. "(A reação ao discurso) É um termômetro que identifica uma anomalia, um processo preocupante", admitiu o parlamentar.

Uma dificuldade adicional para a presidente Dilma é que nem mesmo dentro do PT o ambiente é favorável às medidas econômicas propostas pelo governo. A avaliação é que o pacote encaminhado ao Congresso para corte de desonerações e reduções de benefícios trabalhistas vai contra ao que foi prometido na campanha por Dilma.

Enquanto isso, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou hoje que os protestos de ontem ocorreram em cidades e bairros nas quais o PT perdeu a eleição.

Outras lideranças do partido utilizaram o site do PT para minimizar e criticar o movimento de ontem, organizado basicamente pela internet.

Na avaliação de dirigentes como o secretário nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, e o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, as manifestações fracassaram, foram uma orquestração com viés golpista, restritas aos moradores de classe média e com financiamento de partidos de oposição.

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Ribeirão Preto e São Paulo - Mesmo com o discurso minimizador de lideranças do governo e do PT , membros do partido consideram "grave" o panelaço e o buzinaço realizados neste domingo, 8, em várias capitais brasileiras, durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff .

A avaliação de petistas é que o grupo contrário ao governo de Dilma já tem uma mobilização forte e organizada - a partir de São Paulo - e já ganhou outras capitais.

Para piorar, o movimento deixou a elite, ganhou a classe média e pode chegar a outros setores da sociedade, principalmente de eleitores petistas.

Membros do PT foram mais cautelosos e consideraram ainda um erro a atitude de outros partidários de culpar a burguesia, ligar o protesto à oposição e ainda repetir o discurso de que os protestos, cada vez mais fortes, são um terceiro turno da eleição que reconduziu Dilma ao Planalto.

"Tem de ter muita inteligência para enfrentar esse movimento e não ficar falando besteira", disse uma liderança do PT.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a reação ao pronunciamento da presidente demonstra a tensão existente no ambiente político e acredita que a tarefa da legenda é tentar reverter o "processo de envenenamento" existente, marcado por um conteúdo "agressivo e irracional".

"Não dá para minimizar, mas não podemos admitir este tom. Nossa posição tem de ser a de fazer o diálogo", disse o deputado.

Teixeira é da corrente Mensagem ao Partido, mais crítica aos rumos do PT nos últimos anos. "(A reação ao discurso) É um termômetro que identifica uma anomalia, um processo preocupante", admitiu o parlamentar.

Uma dificuldade adicional para a presidente Dilma é que nem mesmo dentro do PT o ambiente é favorável às medidas econômicas propostas pelo governo. A avaliação é que o pacote encaminhado ao Congresso para corte de desonerações e reduções de benefícios trabalhistas vai contra ao que foi prometido na campanha por Dilma.

Enquanto isso, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou hoje que os protestos de ontem ocorreram em cidades e bairros nas quais o PT perdeu a eleição.

Outras lideranças do partido utilizaram o site do PT para minimizar e criticar o movimento de ontem, organizado basicamente pela internet.

Na avaliação de dirigentes como o secretário nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, e o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, as manifestações fracassaram, foram uma orquestração com viés golpista, restritas aos moradores de classe média e com financiamento de partidos de oposição.

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