Ministro reclama que imprensa mostra muito "caixão, corpo e morte"
Luiz Eduardo Ramos criticou a cobertura da imprensa à pandemia do coronavírus e disse que haveria uma veiculação maciça de fatos negativos"
Reuters
Publicado em 22 de abril de 2020 às 21h28.
Última atualização em 23 de abril de 2020 às 09h32.
O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, criticou nesta segunda-feira a cobertura que a imprensa tem dado à pandemia do novo coronavírus ao dizer que haveria uma veiculação maciça de fatos negativos".
"É caixão, corpo e número de mortes", reclamou Ramos em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao avaliar que há pessoas idosas e humildes assistindo a esse tipo de noticiário ao longo do dia e que sentem esse tipo de informação.
Para o ministro, a cobertura "não está ajudando", embora tenha ressalvado que "ninguém aqui está dizendo que tem que esconder".
O ministro --que tem sob a sua estrutura a Secretaria de Comunicação da Presidência-- sugeriu que se faça reportagens em que cite não só o número de mortes, mas também o de curados, e divulgue mais o trabalho dos profissionais de saúde, que chamou de uma "coisa maravilhosa". Ele disse não ter visto isso na imprensa.
Ramos afirmou ter absoluta certeza que a imprensa tem um papel fundamental para levar as pessoas a se sentirem melhor. Para ele, é "muita notícia ruim" e é preciso divulgar as notícias boas.
"Depois o pessoal acha que o presidente Bolsonaro exagera em alguns comentários", disse ele sobre o presidente, um forte crítico da cobertura da imprensa mesmo antes da pandemia.
O ministro pediu, "por favor", para se mostrar as coisas positivas e que, com isso, vai se ter um povo um pouco mais sereno e melhorar o "moral" da população.
No início da sua fala, Ramos disse que o governo Bolsonaro respeita a liberdade de imprensa e a tem como fundamental.