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Mesmo sem feriado, Carnaval preocupa autoridades para novo pico da covid-19

O governo de São Paulo cancelou o ponto facultativo que determina o feriadão, mas muitas empresas e órgãos vão dar folga aos trabalhadores

Mercadão de São Paulo: aglomerações aumentam o risco de transmissão. (Paulo Pinto/Fotos Públicas)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 11h25.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 11h41.

As autoridades de Saúde de São Paulo estão preocupadas com o possível aumento de internações, casos, e de mortes por covid-19 após o Carnaval. Há duas semanas, o governo paulista cancelou o ponto facultativo que determina o feriadão, mas muitas empresas e órgãos vão dar folga aos trabalhadores.

“Nós temos olhado com muita atenção essas próximas duas semanas porque o Carnaval faz parte da nossa cultura e é um momento em que produz grandes encontros e aglomerações, e isso pode facilitar a transmissão do vírus”, alertou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo nesta semana.

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Ele pontuou que duas semanas após as festas de fim de ano, houve uma explosão da covid-19 não só no estado mas em todo o Brasil, levando a muitas restrições de circulação e fechamento de setores da economia. Este período de 14 dias é o tempo de incubação do vírus, por isso os reflexões de aglomerações são sentidos no sistema de saúde em até duas semanas.

A diferença, e o mais preocupante agora, é que antes do Natal e do Ano-Novo, os números de casos e de mortes não estavam em patamares tão elevados. Há 21 dias a média de mortes diária de mortes por covid-19 está acima de 1.000.Este número só foi registrado no pico da pandemia, no meio de 2020.

Além de cancelar o ponto facultativo, o acesso às praias da Baixada Santista só são permitidos para a prática de atividades. No fim do ano a mesma medida foi adotada, mas o que se viu foram muitos desrespeitos às medidas sanitárias impostas pelo governo estadual.

O Comitê de Saúde de São Paulo ainda fez um alerta sobre a nova variante do coronavírus, identificada em Manaus. Por ser mais transmissível, a taxa de contaminação fica ainda mais alta, colocando mais pressão sobre o sistema de saúde, que pode entrar em colapso.

Atualmente o estado de São Paulo tem uma média de 1.475 novas internações por dia, somando enfermaria e UTI. A taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva está em 66% em todo o estado e em 65% na Grande São Paulo. A média diária de novos casos está acima de 10.000 há um mês, maior período em um patamar tão alto desde o início da pandemia.

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