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Lula x Moro; 200 mi para a Petro…

Lava-Jato devolve 204,2 milhões à Petrobras O Ministério Público Federal do Paraná devolveu, em cerimônia realizada na tarde desta sexta-feira, 204,2 milhões de reais aos cofres da Petrobras. O dinheiro é resultado de 21 acordos, 3 de leniência e 18 de delação premiada. A Camargo Corrêa, por exemplo, devolveu cerca de 13,5 milhões de reais; […]

SÉRGIO CABRAL: Ex-governador do Rio de Janeiro foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão pelo juiz Sergio Moro / VEJA.com
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 17h45.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h22.

Lava-Jato devolve 204,2 milhões à Petrobras

O Ministério Público Federal do Paraná devolveu, em cerimônia realizada na tarde desta sexta-feira, 204,2 milhões de reais aos cofres da Petrobras. O dinheiro é resultado de 21 acordos, 3 de leniência e 18 de delação premiada. A Camargo Corrêa, por exemplo, devolveu cerca de 13,5 milhões de reais; o ex-diretor da estatal Pedro Barusco, 41 milhões. Com mais essa parcela, ao todo já foram devolvidos mais de 500 milhões. Isso representa 8% dos 6,2 bilhões que a companhia lançou em seu balanço do ano passado como prejuízo causado pela corrupção. Um relatório da Polícia Federal, por sua vez, aponta que até 42 bilhões podem ter sido desviados.

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Procuradores defendem as 10 Medidas

Na cerimônia, os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato defenderam o projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção, que está tramitando no Congresso. Nos últimos dias, o projeto foi envolto em polêmicas, principalmente pela tentativa de colocar, em uma das propostas, artigos que imputariam crimes a membros do judiciário em determinadas situações. O MP e associações de magistrados de todo o país repudiaram a proposta, dizendo que ela poderia travar grandes investigações, como a Lava-Jato.

Cunha diante de Moro

Nesta sexta-feira, pela primeira vez desde que foi preso, o ex-deputado federal Eduardo Cunha ficou frente a frente com o juiz da operação Lava-Jato, Sergio Moro. Cunha foi acompanhar o depoimento das testemunhas de acusação em um dos processos que responde. As testemunhas arroladas pelo Ministério Público foram o ex-gerente da Petrobras, Eduardo Costa Vaz Musa, e o auditor da estatal, Rafael de Castro da Silva. Como acusado, o ex-deputado poderia ter pedido dispensa de acompanhar as audiências.

Lula pede prisão de Moro

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediram a prisão do juiz Sergio Moro por abuso de autoridade. Eles alegam que Moro se excedeu nos atos de condução coercitiva, interceptação e divulgação indevida, busca e apreensão de bens e documentos de Lula. A queixa-crime foi apresentada à Procuradoria-Geral da República.

Moro dispensa Lula de audiência

O juiz Sergio Moro dispensou Lula de acompanhar as oitivas de testemunhas no processo em que é réu. Assim, ele poderá ser representado por seus advogados. As sessões acontecem na próxima segunda, quarta e sexta-feira. Entre as testemunhas que falarão no processo estão o ex-senador Delcídio do Amaral, ex-deputado Pedro Corrêa, ex-gerente da companhia Pedro Barusco, os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o pecuarista e amigo de Lula, José Carlos Bumlai.

Cabral e Garotinho em Bangu

Os ex-governadores Anthony Garotinho e Sérgio Cabral, adversários políticos desde que Garotinho saiu do PMDB, em 2009, agora dividem o mesmo teto: o presídio de Bangu. Assim que chegou, Cabral teve seu cabelo raspado. De acordo com uma promotora que visitou o local, ele não recebeu privilégios. Já Garotinho foi notícia pela maneira que reagiu ao ser retirado do hospital Souza Aguiar, onde era tratado por pressão alta desde que foi preso, na quarta. Ele teve que ser levado à força para o presídio e se rebelou quando era colocado na ambulância. No final da tarde desta sexta, a ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que Garotinho retornasse ao hospital.

22 pessoas e 4 empresas viram rés por Mariana

A Justiça Federal de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e tornou rés 22 pessoas e 4 empresas pela tragédia acontecida em Mariana em cinco de novembro do ano passado. As empresas são Vale, Samarco, BHP Billiton e VogBR. Das pessoas denunciadas, apenas um engenheiro não foi acusado de homicídio com dolo eventual. O juiz Jacques de Queiroz Ferreira ressaltou que os danos ambientais causados pelo rompimento da barragem sequer pararam de acontecer até o momento. A tragédia vitimou 19 pessoas.

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