Lula receberá pedido do presidente da Colômbia para vender derivados da maconha ao Brasil
Líder brasileiro embarca para Bogotá na segunda-feira
Agência de notícias
Publicado em 12 de abril de 2024 às 14h38.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro , quer vender ao Brasil produtos terapêuticos derivados da maconha. Esse será um dos assuntos que serão discutidos diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva , na próxima terça-feira, em uma reunião bilateral com duração estimada em cerca de duas horas.
A proposta colombiana será apresentada ao governo brasileiro, para uma avaliação posterior. Segundo o Itamaraty, uma eventual exportação de produtos derivados de cannabis ao Brasil depende de pareceres das áreas técnicas.
"Qualquer decisão futura estará sujeita a avaliações, incluindo sua conformidade com a normativa legal brasileira", destacou o Ministério das Relações Exteriores. A informação foi antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Gustavo Petro criou, em 2023, um projeto voltado para a internalização da cannabis originária do país. O Brasil é considerado um mercado importante para o presidente colombiano.
O uso da maconha para uso recreativo é proibido no Brasil. Porém, desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária libera a importação de derivados em forma de medicamentos, óleos, extratos e pomada para o tratamento de doenças como epilepsia, Parkinson, glaucoma, câncer e esclerose múltipla.
Lula embarcará para a Colômbia na próxima segunda-feira. No dia seguinte, o presidente se reunirá com Petro, com quem pretende conversar sobre as eleições na Venezuela, previstas para julho deste ano, e outros temas ligados à América do Sul.
Na parte da tarde, Lula participará de uma reunião com 300 empresários brasileiros e colombianos. À noite, ele vai inaugurar a Feira Internacional do Livro de Bogotá, que terá o Brasil como convidado de honra.
Petro quer ampliar o ingresso de produtos terapêuticos derivados da maconha no Brasil. O setor privado colombiano criou no ano passado um projeto de “rota para internacionalização” da cannabis originária do país. O Brasil é um dos sete mercados-alvo.