Lula decide que GSI comandará sua segurança pessoal em modelo híbrido
Nova estrutura terá a PF, policiais civis e militares
Agência de notícias
Publicado em 28 de junho de 2023 às 19h36.
Última atualização em 28 de junho de 2023 às 19h51.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que sua segurança pessoal será comandada pelo Gabinete de Segurança Institucional ( GSI ). O novo modelo prevê uma estrutura híbrida, composta de integrantes da Polícia Federal, policiais civis e militares. O anúncio foi feito após uma reunião entre Lula e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Esther Dweck (Gestão).
"Conforme tinha sido previsto, de forma consensual, harmônica, o presidente arbitrou por um modelo híbrido, em que todos vão trabalhar juntos", disse Rui Costa. "Teremos um time de forma entrosada garantindo a segurança das pessoas", afirmou o ministro.
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Flavio Dino afirmou que não há divergências sobre o novo modelo e que GSI "terá caráter civil e militar":
"GSI terá caráter militar e civil. O importante é que temos um modelo que atende ao principal: terão proteção adequada as famílias e presidente e vice. Não há divergência entre Casa Civil, GSI, Polícia Federal.
Como é a segurança de Lula?
Desde janeiro, a segurança de Lula era coordenada pela Polícia Federal por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, uma estrutura provisória com vigência prevista até 30 de junho. A partir de 1º de julho, a secretaria será extinta.
"A Secretaria Extraordinária será extinta, como era previsto. Houve fator político para ser criada, e esse fator foi superado", esclareceu Dino.
O novo modelo a segurança presidencial será publicado na sexta-feira no "Diário Oficial da União".
"A coordenação é do GSI, de forma cooperada, participativa, integrada. E, eventualmente, a desejo do presidente ou do vice-presidente, pode-se convidar até mesmo policiais militares ou civil", disse Costa.
Atualmente, a secretaria responde ao chefe de gabinete do presidente, Marco Aurélio Ribeiro, e possui mais de 400 policiais, a maioria vindos da PF, mas também há integrantes da Força Nacional, das Forças Armadas, Polícias Militares e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em governos anteriores, o trabalho sempre foi feito pelo GSI, mas no início da atual gestão houve a mudança por causa do receio do novo presidente de infiltração de militares bolsonaristas na equipe incumbida de protegê-lo.
Nos bastidores, policiais federais e integrantes do Gabinete de Segurança Institucional travaram uma intensa disputa para comandar o esquema de proteção do presidente.