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Líder do PSD desiste de candidatura à sucessão de Lira na Câmara e vai apoiar Hugo Motta

Anúncio foi feito após reunião com Kassab e a bancada na Casa

Agência o Globo
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Publicado em 13 de novembro de 2024 às 13h41.

Última atualização em 13 de novembro de 2024 às 13h45.

O líder do PSD, Antonio Brito, desistiu da candidatura à presidência da Câmara e vai apoiar o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB).

O anúncio ocorreu após uma reunião da bancada do partido na Casa, com a participação do presidente do PSD, Gilberto Kassab. "Após conversas com o candidato Hugo Motta e o debate que nós trouxemos sobre a proporcionalidade e do cumprimento do tamanho do partido na Casa, a bancada decidiu pela minha proposta de retirar a candidatura a presidente da Câmara", disse Brito.

Motta já reuniu apoio de um amplo leque de partidos, incluindo PL, PT, PP e MDB, o que pressionou os adversários a desistirem.

Acordos em andamento

Motta terá que mediar conflitos internos após arrebanhar, em apenas dois dias, o apoio das principais forças da Casa. Ao reunir as principais bancadas e esvaziar os adversários, ele terá que finalizar acordos e acomodar interesses. O PT , por exemplo, já tem apalavrado com Arthur Lira (PP-AL) e o próprio Motta uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), embora essa sinalização tenha irritado parte da oposição.

Líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), mesmo sem desistir oficialmente de sua candidatura, também quer garantir um lugar à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal da Casa, ou fechar um entendimento para assumir um ministério no governo. Já a relatoria do Orçamento, em tese reservada ao MDB, também está sendo cobiçada pelo União Brasil.

Com medo de perder relevância na Câmara, o União, partido de Elmar, decidiu que não vai disputar a cadeira de Lira contra o líder do Republicanos. Embora tenha insistido em confrontá-lo, o parlamentar entrou em sintonia com seu partido e aceitou dialogar com o favorito.

O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), afirma que é importante que a bancada do partido, a segunda maior da Casa, seja respeitada com base no seu tamanho pela nova presidência e admite o acordo para que um petista seja indicado para uma vaga no TCU.

"O TCU foi colocado no bojo desse conjunto de preocupações, intenções, que a bancada sente-se no direito de reivindicar. O TCU não foi um elemento central da decisão. A governabilidade e a estabilidade institucional com uma disputa menos acirrada na Casa foram fundamentais".

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