Justiça manda retificar óbito de vítima da ditadura
Atestado de óbito passará a informar que o estudante foi morto por lesões decorrentes de torturas e maus tratos
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 21h15.
Sorocaba - A Justiça de São Paulo mandou retificar a causa da morte do estudante Alexandre Vannuchi Leme, morto em 1973, aos 22 anos, pelas forças da repressão do regime militar, que perdurou de 1964 a 1985.
O atestado de óbito passará a informar que o estudante foi morto por lesões decorrentes de torturas e maus tratos sofridos quando estava preso nas dependências do Destacamento de Operações e Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. Será retirada do documento a informação de que a morte foi provocada por "lesão traumática crânio-encefálica" causada por atropelamento, versão oficializada na época.
A decisão, da juíza Renata Mota Maciel Madeira Dezem, da 2ª Vara de Registros Públicos da Capital, divulgada na terça-feira (17), acolheu pedido de familiares da vítima encaminhado pela Comissão Nacional da Verdade. A família do estudante, em Sorocaba, reagiu com emoção à decisão. "Fez-se justiça depois de 40 anos da morte do Alexandre. O Estado devia isso à memória dele, à nossa família e à sociedade", disse o professor universitário Aldo Vannucchi, ouvidor da Universidade de Sorocaba e tio de Alexandre.
Estudante de geografia na Universidade de São Paulo (USP), Vannuchi militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) e foi preso na Cidade Universitária. Torturado até a morte no DOI-Codi, ele teve o corpo enterrado numa vala no bairro de Perus, sem qualquer comunicação à família. Em março deste ano, a Caravana da Anistia concedeu a Vannuchi a condição de anistiado político post mortem. O tio de Alexandre deve lançar em 2014 um livro sobre a trajetória do sobrinho, com o título "Alexandre - Eu só disse o meu Nome".
Sorocaba - A Justiça de São Paulo mandou retificar a causa da morte do estudante Alexandre Vannuchi Leme, morto em 1973, aos 22 anos, pelas forças da repressão do regime militar, que perdurou de 1964 a 1985.
O atestado de óbito passará a informar que o estudante foi morto por lesões decorrentes de torturas e maus tratos sofridos quando estava preso nas dependências do Destacamento de Operações e Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. Será retirada do documento a informação de que a morte foi provocada por "lesão traumática crânio-encefálica" causada por atropelamento, versão oficializada na época.
A decisão, da juíza Renata Mota Maciel Madeira Dezem, da 2ª Vara de Registros Públicos da Capital, divulgada na terça-feira (17), acolheu pedido de familiares da vítima encaminhado pela Comissão Nacional da Verdade. A família do estudante, em Sorocaba, reagiu com emoção à decisão. "Fez-se justiça depois de 40 anos da morte do Alexandre. O Estado devia isso à memória dele, à nossa família e à sociedade", disse o professor universitário Aldo Vannucchi, ouvidor da Universidade de Sorocaba e tio de Alexandre.
Estudante de geografia na Universidade de São Paulo (USP), Vannuchi militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) e foi preso na Cidade Universitária. Torturado até a morte no DOI-Codi, ele teve o corpo enterrado numa vala no bairro de Perus, sem qualquer comunicação à família. Em março deste ano, a Caravana da Anistia concedeu a Vannuchi a condição de anistiado político post mortem. O tio de Alexandre deve lançar em 2014 um livro sobre a trajetória do sobrinho, com o título "Alexandre - Eu só disse o meu Nome".