Incêndio na Amazônia: principal vetor é o desmatamento; não existe fogo natural lá, diz Marina Silva
A ministra anunciou que foram mobilizados mais de 300 brigadistas para combater as queimadas que atingem a região
Agência de notícias
Publicado em 13 de outubro de 2023 às 14h03.
Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 14h18.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva , afirmou nesta sexta-feira, 13, que não existe fogo natural na Amazônia e ressaltou que o principal vetor dos incêndios no local decorre da prática do desmatamento.
A ministra anunciou que foram mobilizados mais de 300 brigadistas para combater as queimadas que atingem a região. Pelos dados coletados na quinta-feira, 12, são, no total, mil focos de calor no Estado do Amazonas, segundo ela.
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"O principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia. O fogo ou é feito propositalmente por criminosos ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo", disse a ministra durante coletiva à imprensa convocada nesta sexta para anunciar as ações do governo no combate às queimadas no Amazonas.
Apoio da população
A ministra pediu apoio da população ao reforçar que, além da ação dos brigadistas e de todo o efetivo envolvido, é necessário que as pessoas parem de atear fogo no local. Ela citou a atuação "criminosa" em propriedades privadas e áreas públicas como um dos fatores que agravam as queimadas no Estado.
"É uma situação de extrema gravidade porque há cruzamento de três fatores: grande estiagem provocada pelo El Niño; matéria orgânica em grande quantidade ressecada; ateamento de fogo em propriedade particulares e dentro de áreas públicas de forma criminosa", avaliou Marina.
Combate aos incêndios
A ministra destacou que a determinação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que as equipes federais ajam em parceria com os governos dos Estados, dispondo de tudo que for necessário para o combate aos incêndios.
O Ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés, citou que o desafio no Estado é grande pela logística na Amazônia. Como exemplo, ele citou que em alguns locais as equipes demoram cerca de 12 dias para chegar com comida.