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Haddad executa apenas 6,5% de R$ 1,6 bi previsto para Saúde

O secretário municipal da Saúde, José de Filippi Júnior, afirmou, porém, que a execução orçamentária divulgada está desatualizada e que a pasta já teria gasto o equivalente a 15,6% do previsto.

Veja agora quais são as principais causas de morte no país (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2015 às 10h17.

São Paulo - A gestão Fernando Haddad (PT) terá dificuldades para cumprir suas promessas na área da Saúde . Os sete compromissos firmados pelo prefeito no Plano de Metas consumiriam, nos quatro anos de mandato, cerca de R$ 1,6 bilhão em verbas. Até agora, no entanto, somente R$ 108,9 milhões, ou 6,5% do total, foram efetivamente gastos, segundo dados do site de acompanhamento do plano. O secretário municipal da Saúde, José de Filippi Júnior, afirmou ao Estado, porém, que a execução orçamentária divulgada está desatualizada e que a pasta já teria gasto o equivalente a 15,6% do previsto.

Balanço divulgado pela Prefeitura no fim de junho mostra que a gestão cumpriu, até agora, um em cada quatro compromissos previstos no Plano de Metas em todas as áreas. O Estado analisou os dados, visitou diversos bairros e equipamentos públicos para mostrar a situação das áreas de Saúde, Educação, Habitação e urbanismo.

No caso da Saúde, os recursos tornariam realidade, além de três hospitais, a construção e a reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), a adoção da Rede Hora Certa, a criação do prontuário eletrônico do paciente, a recuperação de hospitais e a abertura de Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). De 146 equipamentos novos ou reformados prometidos, porém, só 19 foram entregues e outros 28 estão em obras.

Uma das principais bandeiras da campanha de Haddad, a Rede Hora Certa foi criada, mas sua presença ainda é tímida. Das 32 unidades prometidas, oito foram inauguradas e sete deverão ser entregues neste mês.

A gestão diminuiu o número de pessoas que esperam por consultas e exames, que passou de 679,5 mil, em dezembro de 2012, último mês da gestão Gilberto Kassab (PSD), para 511,8 mil em fevereiro deste ano. No entanto, a lista de espera de cirurgias cresceu 10%, de 56,9 mil para 63 mil.

Outras unidades. Só quatro das 43 UBSs prometidas saíram do papel. Dois CAPS foram entregues e outros dois readequados para ampliação do serviço - a gestão promete 30 até 2016.

Paciente da UBS Jardim Vista Alegre, na Vila Brasilândia, na zona norte, o motorista Genilson Galdino da Paz, de 43 anos, reclama do tempo de espera para conseguir atendimento "É demorado. Para clínico-geral, demora dois ou três meses para conseguir a consulta."

Segundo a Prefeitura, 15 UBSs estão licitadas e as obras terão início neste mês. A previsão de entrega é de um ano.

Na área de pronto-atendimento e emergência, a gestão entregou duas UPAs e iniciou a obra de 13. A promessa é ter 25 desses equipamentos na cidade. Haddad prometeu ainda melhorar a estrutura de 16 hospitais, dos quais apenas um teve o serviço finalizado. Outros oito tiveram obras iniciais de reestruturação. A gestão reativou 294 leitos que estavam fechados por falta de pessoal.

Atualização

Filippi Júnior diz que já foram executados "R$ 250 milhões, fora outros R$ 70 milhões que a secretaria investiu em ações complementares às metas e igualmente importantes para a Saúde". Ele se refere à verba usada para projetos como a reforma de unidades para deixá-las acessíveis.

O secretário afirma também que a execução orçamentária é baixa porque as obras mais caras demoram para ficar prontas. "As obras dos três hospitais, por exemplo, representam quase a metade de toda a verba prevista para os quatro anos, são R$ 750 milhões", diz ele. De acordo com o secretário, serão gastos mais R$ 180 milhões no segundo semestre deste ano, o que colocará o índice de execução em 27% ao fim de 2015.

O titular da Saúde diz que o ritmo de obras foi prejudicado pela ausência de projetos e licitações prévias das obras necessárias para novas unidades e pela restrição orçamentária da Prefeitura. "Nos dois primeiros anos de governo, tivemos de focar na elaboração de projetos, definição de terrenos, desapropriações e licitações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Balanço divulgado pela Prefeitura no fim de junho mostra que a gestão cumpriu, até agora, um em cada quatro compromissos previstos no Plano de Metas em todas as áreas. O Estado analisou os dados, visitou diversos bairros e equipamentos públicos para mostrar a situação das áreas de Saúde, Educação, Habitação e urbanismo.

No caso da Saúde, os recursos tornariam realidade, além de três hospitais, a construção e a reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), a adoção da Rede Hora Certa, a criação do prontuário eletrônico do paciente, a recuperação de hospitais e a abertura de Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). De 146 equipamentos novos ou reformados prometidos, porém, só 19 foram entregues e outros 28 estão em obras.

Uma das principais bandeiras da campanha de Haddad, a Rede Hora Certa foi criada, mas sua presença ainda é tímida. Das 32 unidades prometidas, oito foram inauguradas e sete deverão ser entregues neste mês.

A gestão diminuiu o número de pessoas que esperam por consultas e exames, que passou de 679,5 mil, em dezembro de 2012, último mês da gestão Gilberto Kassab (PSD), para 511,8 mil em fevereiro deste ano. No entanto, a lista de espera de cirurgias cresceu 10%, de 56,9 mil para 63 mil.

Outras unidades. Só quatro das 43 UBSs prometidas saíram do papel. Dois CAPS foram entregues e outros dois readequados para ampliação do serviço - a gestão promete 30 até 2016.

Paciente da UBS Jardim Vista Alegre, na Vila Brasilândia, na zona norte, o motorista Genilson Galdino da Paz, de 43 anos, reclama do tempo de espera para conseguir atendimento "É demorado. Para clínico-geral, demora dois ou três meses para conseguir a consulta."

Segundo a Prefeitura, 15 UBSs estão licitadas e as obras terão início neste mês. A previsão de entrega é de um ano.

Na área de pronto-atendimento e emergência, a gestão entregou duas UPAs e iniciou a obra de 13. A promessa é ter 25 desses equipamentos na cidade. Haddad prometeu ainda melhorar a estrutura de 16 hospitais, dos quais apenas um teve o serviço finalizado. Outros oito tiveram obras iniciais de reestruturação. A gestão reativou 294 leitos que estavam fechados por falta de pessoal.

Atualização

Filippi Júnior diz que já foram executados "R$ 250 milhões, fora outros R$ 70 milhões que a secretaria investiu em ações complementares às metas e igualmente importantes para a Saúde". Ele se refere à verba usada para projetos como a reforma de unidades para deixá-las acessíveis.

O secretário afirma também que a execução orçamentária é baixa porque as obras mais caras demoram para ficar prontas. "As obras dos três hospitais, por exemplo, representam quase a metade de toda a verba prevista para os quatro anos, são R$ 750 milhões", diz ele. De acordo com o secretário, serão gastos mais R$ 180 milhões no segundo semestre deste ano, o que colocará o índice de execução em 27% ao fim de 2015.

O titular da Saúde diz que o ritmo de obras foi prejudicado pela ausência de projetos e licitações prévias das obras necessárias para novas unidades e pela restrição orçamentária da Prefeitura. "Nos dois primeiros anos de governo, tivemos de focar na elaboração de projetos, definição de terrenos, desapropriações e licitações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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