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Haddad adia decisão sobre uso das faixas por taxistas

Haddad afirma que o posicionamento será dado em janeiro, após reuniões com a sociedade


	Táxi: um protesto de taxistas percorreu na manhã desta segunda-feira, 16, vias das regiões central e sul da capital
 (Wilsom Dias/ABr)

Táxi: um protesto de taxistas percorreu na manhã desta segunda-feira, 16, vias das regiões central e sul da capital (Wilsom Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 16h46.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), adiou para 2014 a decisão sobre a permanência dos taxistas nos corredores de ônibus da capital paulista. Haddad afirma que o posicionamento será dado em janeiro, após reuniões com a sociedade.

"Vamos chamar uma reunião do Conselho da Cidade e do Conselho Municipal de Transporte para apresentar os estudos porque nós não queremos tomar nenhuma decisão sozinhos a esse respeito", disse, nesta segunda-feira, 16.

"Os taxistas podem ficar tranquilos que não vamos tomar nenhuma decisão ou para incluí-los ou para excluí-los dos corredores sem ouvir a sociedade, a decisão vai ser tomada depois de um amplo debate."

Um protesto de taxistas percorreu na manhã desta segunda-feira, 16, vias das regiões central e sul da capital. Os dois sindicatos da categoria na cidade, no entanto, não endossam o ato e afirmam que a adesão ao movimento é pequena. Grupo saiu do Pacaembu, na região central do município pela manhã e chegou à Prefeitura às 12h20.

Por volta das 9h50, a carreata ocupava duas faixas da Avenida Rubem Berta, sentido aeroporto de Congonhas, na zona sul, provocando lentidão. Antes, os manifestantes percorreram as Avenidas Doutor Arnaldo e Paulista e as Ruas Cubatão e Tomas Carvalhal, além da Avenida 23 de Maio. A carreata chegou ao aeroporto por volta das 10h10 e se dirigiu ao centro da cidade pelo Corredor Norte-Sul. Às 12h20, o comboio chegou à Prefeitura de São Paulo, destino final do protesto.

A concentração, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), foi perto da Rua Major Natanael, no Pacaembu, região central. Cerca de 50 taxistas participavam da ação, segundo a CET. Nem o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxis no Estado de São Paulo (Simtetaxis) nem o dos Taxistas Autônomos de São Paulo (Sinditaxi-SP) apoiaram a carreata.


Fontes dessas duas entidades afirmaram que, embora os taxistas paulistanos tenham reivindicações do poder público (como a expedição de mais alvarás, a permissão para o uso das faixas exclusivas de ônibus e a tentativa de fazer com que a administração municipal não os proíba de circular nos corredores exclusivos), não recomendam nenhuma manifestação, uma vez que ainda estão em diálogo com a Secretaria Municipal dos Transportes e com representantes da Câmara Municipal.

Corredores

Nesta terça-feira, 17, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, deve encontrar-se com o promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes para discutir o futuro dos táxis nos corredores de ônibus.

Um estudo encomendado pela Promotoria ao Poder Executivo municipal e divulgado na semana passada revela que esses automóveis atrapalham o deslocamento dos coletivos nos corredores, que ficam à esquerda da pista.

Lopes analisa o estudo encaminhado pelo Executivo municipal. Até o momento, não tomou nenhuma decisão, mas disse estar inclinado a pedir a retirada dos carros dos corredores.

Já nas faixas exclusivas, situadas à direita, os taxistas nunca puderam usar, desde que foram lançadas pelo Palácio do Anhangabaú. Nesta segunda-feira, a cidade atinge a marca de 290 quilômetros de faixas só para os ônibus, perto da meta da gestão Fernando Haddad para o setor.

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