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Há sinais da presença do crime organizado na política, diz Mendes

Gilmar Mendes disse que na campanha de 2016 houve 750 mil doadores. Deste total, ao menos 300 mil não tinham capacidade financeira

Gilmar Mendes: "temos que discutir o custeio da democracia. É inevitável", disse o ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)

Gilmar Mendes: "temos que discutir o custeio da democracia. É inevitável", disse o ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 14h49.

São Paulo - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que já há sinais "claros" no Brasil da presença do crime organizado na política, como ocorre no México, país que ele visitou recentemente.

"O México lida com um problema seriíssimo, que é a presença do crime organizado na política e nós já temos sinais disso aqui, de maneira bastante clara. Vamos querer que o narcotráfico, que as milícias, financiem as campanhas?", questionou o ministro do durante do Fórum Estadão que discutiu a reforma política.

"Temos que discutir o custeio da democracia. É inevitável", disse ele ressaltando que se houvesse uma consulta popular as pessoas seriam contra o financiamento público e o corporativo.

Gilmar Mendes disse, citando dados do TSE, que na campanha de 2016 houve 750 mil doadores. Deste total, ao menos 300 mil não tinham capacidade financeira. "Isso demonstra o uso de laranjas para doação, mas não em um porcentual baixo, um porcentual que vai a 40%, 50%", afirmou, ressaltando que os números são "preocupantes".

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