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Grupo diz que vai faltar água em SP no pico da estiagem

Agência Nacional de Águas estima que não haverá água suficiente para rios que ajudam a abastecer o Sistema Cantareira

Serra da Cantareira: não haverá água o bastante para os meses de agosto e setembro deste ano (Bruno Dantas/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 14h18.

Brasília - A Agência Nacional de Águas (ANA) estima que não haverá água suficiente para rios que ajudam a abastecer o mais importante conjunto de represas para a região metropolitana de São Paulo durante o pico da seca, informou o grupo de usuários de água Consórcio PCJ, nesta terça-feira.

Segundo o grupo, mesmo com o plano do governo estadual para usar o volume útil de água restante e da água abaixo do nível das comportas do Sistema Cantareira, não haverá o bastante para os meses de agosto e setembro deste ano.

O consórcio é um grupo sem fins lucrativos que reúne usuários de águas das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, conectadas ao Sistema Cantareira, que incluem 30 grandes empresas como a cervejaria Ambev.

O grupo afirma que a ANA anunciou sua previsão em reunião do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira, em Campinas, na segunda-feira. Os estudos apresentados indicam que as bacias necessitarão uma vazão média de 7 metros cúbicos por segundo entre agosto e setembro, enquanto a Grande São Paulo precisará de 21 metros cúbicos por segundo.

Assim, as duas regiões teriam uma demanda de 28 metros cúbicos por segundo no pico da estiagem. Mas, segundo o consórcio, mantidas as médias de vazão de afluência do sistema Cantareira, e somadas ao uso total do volume útil e do volume que está abaixo das comportas de captação, ainda faltariam cerca de 10 metros cúbicos por segundo para abastecer as duas regiões.

A análise leva em conta retiradas de água que permitam que as reservas durem até novembro, quando a expectativa é de retorno de chuvas com mais intensidade ao Estado.

Procurada, a ANA não pode comentar o assunto de imediato.

O sistema Cantareira é o mais importante para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo, mas nesta terça-feira exibia nível 8,6 por cento de armazenamento de água, segundo dados da empresa estadual de abastecimento e saneamento Sabesp.

Na semana passada, o volume de água armazenada no sistema caiu abaixo de 10 por cento pela primeira vez, desde a criação do conjunto de reservatórios na década de 1970. O sistema abastece cerca de 9 milhoes de pessoas na região metropolitana de São Paulo. [ID:nL2N0NS10E] O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vem repetidamente afirmando que não haverá racionamento de água no Estado, apesar da situação de crise hídrica reconhecida pelo governo estadual. A Sabesp não comentou as afirmações do consórcio PCJ.

A empresa, porém, divulgou comunicado mais cedo à imprensa nesta terça-feira, afirmando que fez acordo com administradoras de condomínios, imobiliárias, supermercados, bares e restaurantes para "uso racional da água" no Estado.

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Brasília - A Agência Nacional de Águas (ANA) estima que não haverá água suficiente para rios que ajudam a abastecer o mais importante conjunto de represas para a região metropolitana de São Paulo durante o pico da seca, informou o grupo de usuários de água Consórcio PCJ, nesta terça-feira.

Segundo o grupo, mesmo com o plano do governo estadual para usar o volume útil de água restante e da água abaixo do nível das comportas do Sistema Cantareira, não haverá o bastante para os meses de agosto e setembro deste ano.

O consórcio é um grupo sem fins lucrativos que reúne usuários de águas das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, conectadas ao Sistema Cantareira, que incluem 30 grandes empresas como a cervejaria Ambev.

O grupo afirma que a ANA anunciou sua previsão em reunião do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira, em Campinas, na segunda-feira. Os estudos apresentados indicam que as bacias necessitarão uma vazão média de 7 metros cúbicos por segundo entre agosto e setembro, enquanto a Grande São Paulo precisará de 21 metros cúbicos por segundo.

Assim, as duas regiões teriam uma demanda de 28 metros cúbicos por segundo no pico da estiagem. Mas, segundo o consórcio, mantidas as médias de vazão de afluência do sistema Cantareira, e somadas ao uso total do volume útil e do volume que está abaixo das comportas de captação, ainda faltariam cerca de 10 metros cúbicos por segundo para abastecer as duas regiões.

A análise leva em conta retiradas de água que permitam que as reservas durem até novembro, quando a expectativa é de retorno de chuvas com mais intensidade ao Estado.

Procurada, a ANA não pode comentar o assunto de imediato.

O sistema Cantareira é o mais importante para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo, mas nesta terça-feira exibia nível 8,6 por cento de armazenamento de água, segundo dados da empresa estadual de abastecimento e saneamento Sabesp.

Na semana passada, o volume de água armazenada no sistema caiu abaixo de 10 por cento pela primeira vez, desde a criação do conjunto de reservatórios na década de 1970. O sistema abastece cerca de 9 milhoes de pessoas na região metropolitana de São Paulo. [ID:nL2N0NS10E] O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vem repetidamente afirmando que não haverá racionamento de água no Estado, apesar da situação de crise hídrica reconhecida pelo governo estadual. A Sabesp não comentou as afirmações do consórcio PCJ.

A empresa, porém, divulgou comunicado mais cedo à imprensa nesta terça-feira, afirmando que fez acordo com administradoras de condomínios, imobiliárias, supermercados, bares e restaurantes para "uso racional da água" no Estado.

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