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Marinha: Governo vai cobrir custos para limpar óleo da costa nordestina

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, emendou que, até agora, há registro de 67 animais "oleados"

Óleo: voluntários estão limpando as praias do Nordeste (Teresa Maia/Reuters)

Óleo: voluntários estão limpando as praias do Nordeste (Teresa Maia/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 20 de outubro de 2019 às 17h27.

Na primeira coletiva de imprensa convocada por um órgão federal exclusivamente para tratar das manchas de óleo que atingem as praias do Nordeste desde o dia 2 de setembro, a Marinha informou que o governo federal vai cobrir todos os custos dos órgãos dos três entes da federação que trabalham para limpar a costa.

O Almirante de Esquadra e comandante de operações navais da Marinha, Leonardo Puntel, não deu números, mas afirmou, na tarde deste domingo, que a União fará os repasses.

Puntel afirmou que, até o momento, há registro de óleo apenas em Aracaju, na praia de Atalaia, e em Pernambuco, na região de Suape, no entorno do porto, e no cabo de Santo Agostinho. Neste domingo, voluntários se mobilizaram para conter os danos.

Os demais Estados do Nordeste não tiveram novos registros de vazamentos. Segundo o almirante, desde o início dos registros de manchas, o local mais ao sul em que o óleo foi encontrado foi na Bahia, próximo a Salvador. A região já teria sido limpa.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, emendou que, até agora, há registro de 67 animais "oleados". Destes, 14 tartarugas mortas. Segundo ele, apesar das perdas, o impacto ambiental tem sido menor do que o estimado inicialmente, diante da dimensão da área em que as manchas apareceram.

Puntel afirmou que o governo tem tido dificuldade de identificar a origem do óleo. Por se tratar de um petróleo cru e muito pesado, o vazamento viaja abaixo da superfície. Segundo ele, as manchas não são detectadas pelos radares e o governo tem utilizado aeronaves para tentar identificar as manchas.

Ele informou ainda que já se sabe que o óleo não foi produzido ou comercializado no Brasil. Puntel explicou que a Marinha não descarta nenhuma possibilidade sobre a origem.

Citou, por exemplo, que o vazamento pode ter ocorrido durante um procedimento de troca de carga entre navios — o chamado 'ship to ship' — ou durante uma lavagem de tanque.

Segundo ele, a Marinha levanta quais foram os navios que passaram tanto em águas brasileiras — limitadas a 200 milhas náuticas do litoral — quanto fora delas.

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