Governo do Rio mantém pacote de austeridade, apesar de protestos
Secretário disse que protesto ocorrido hoje na Alerj, em que manifestantes chegaram a ocupar o plenário, não fará o governo recuar
Agência Brasil
Publicado em 8 de novembro de 2016 às 19h40.
O secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro , Leonardo Espíndola, reafirmou hoje (8) a necessidade de aprovação do pacote de austeridade apresentado pelo governo à Assembleia Legislativa (Alerj).
"As medidas que estão sendo apresentadas são medidas absolutamente necessárias, embora duras, para que a gente tenha previsibilidade de pagamento do salário do servidor público do estado. Então, não há possibilidade de recuo, o governo [Luiz Fernando Pezão] vai manter [o pacote de medidas]", disse Espíndola a jornalistas após evento em que foi homenageado pelo Tribunal de Contas do Município, no Palácio da Cidade.
O secretário disse que protesto ocorrido hoje na Alerj, em que manifestantes chegaram a ocupar o plenário, não fará o governo recuar. "Todas as manifestações democráticas devem ser respeitadas. Agora, atos de vandalismo são caso de polícia e da Justiça."
Espíndola destacou o "papel fundamental" da Alerj para "aprimorar qualquer projeto do Poder Executivo" e reiterou a importância, para o governo, de aprovar o pacote.
"Os projetos são fundamentais para que o estado tenha previsibilidade de pagamento aos servidores, aposentados e pensionistas. O que a gente busca é dar equilíbrio fiscal para o estado, entre receitas e despesa, e hoje a gente não tem esse cenário. Então esse projeto é necessário para que o servidor tenha certeza de que receberá o seu pagamento em dia, coisa que hoje nós não temos", argumentou.
De acordo com o secretário da Casa Civil, o cronograma de pagamento do décimo terceiro salário dos servidores estaduais será apresentado até o início da próxima semana.
Pacote
As 28 medidas de ajuste fiscal apresentadas na sexta-feira (4) pelo governo do estado para reduzir gastos incluem desconto previdenciário de 30% nos salários dos servidores ativos e aposentados, o fim do aluguel social e dos restaurantes populares, entre outras.