Governo de SP vai testar 10 mil alunos para saber quem está com a covid-19
A previsão a Secretaria da Educação é testar também 9.300 servidores da rede estadual. Se o resultado der positivo, a pessoa passará por quarentena
Gilson Garrett Jr
Publicado em 7 de outubro de 2020 às 14h19.
Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 17h06.
O governo de São Paulo vai iniciar um inquérito epidemiológico na rede estadual de ensino para saber quem está contaminado com a covid-19 . A previsão a Secretaria da Educação é testar 10.000 alunos e 9.300 servidores. Os testes começam a partir da próxima semana, no dia 13 de outubro.
As aulas foram retomadas nesta quarta-feira, 7, em 904 escolas das mais de 5.000 unidades da rede estadual. Neste primeiro momento, apenas alunos do Ensino Médio e de Educação de Jovens e Adultos estão autorizados a retomar as atividades. O retorno é opcional, tanto para as escolas, quanto para os estudantes. A medida vale para redes estadual, municipal e privada.
De acordo com o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, a metodologia escolhida foi o teste RT-PCR, que identifica se a pessoa ainda está com o vírus no corpo e com capacidade alta de transmissão.
“O teste sorológico é o que aconteceu no passado e não muda as medidas que estão regradas. Entendemos que fazendo os testes dos pacientes leves e assintomáticos permite identificar uma maior circulação de vírus em uma região, e decidir fechar uma escola de forma pontual”, explicou o secretário em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 7.
Ainda de acordo com Gorinchteyn, se caso o diagnóstico de um aluno ou professor seja positivo, ele passará por uma quarentena e todas as pessoas que tiveram contato serão monitoradas.
Capital também vai testar alunos
A prefeitura de São Paulo pretende testar todos os alunos e professores da rede municipal de ensino antes da volta efetiva das aulas, prevista para 3 de novembro na capital. A primeira fase de exames sorológicos começou em 1º de outubro com alunos de 9º ano do fundamental e da 3ª série do ensino médio, além dos docentes. Eles serão testados nas próprias escolas.
A secretaria municipal de Educação quer dar prioridade a volta em novembro para professores e estudantes que já tenham anticorpos para o coronavírus. Mesmo assim, quem tiver resultado negativo não será impedido de retornar às atividades presenciais.
A capital realiza, paralelamente, um outro inquérito sorológico para saber o tamanho da covid-19 da cidade. De acordo com os últimos dados, quase 1,9 milhão de pessoas já tiveram a doença na capital paulista. Deste total, 1,64 milhão é de adultos, acima de 18 anos, e 244.000 é de crianças, de 4 a 14 anos.
( Com Estadão Conteúdo )