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Força Nacional não inibe facções criminosas no Maranhão

Nesta quarta-feira (1º), foram realizados dois ataques a ônibus durante o dia


	São Luís: a sensação de insegurança permanece na população
 (Embratur/Fotos Públicas)

São Luís: a sensação de insegurança permanece na população (Embratur/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 11h47.

São Luís - A presença de tropas federais em São Luís não intimidou o crime organizado na capital maranhense. Nesta quarta-feira, 1º, foram realizados dois ataques a ônibus em durante o dia. Os homens da Força Nacional estão atuando na capital maranhense desde a semana passada. São mais de 100 homens fazendo policiamento extensivo nas ruas. Ainda assim, a insegurança permanece.

Andando pelas ruas da cidade, não é possível sentir a presença tão marcante das tropas federais, como foi visto na crise de segurança de outubro de 2013. Em uma volta por 10 bairros, nossa equipe só encontrou uma viatura da Força Nacional no bairro da Cohab.

A sensação de insegurança permanece na população. "Eu não sei se essa história de força nacional adianta alguma coisa. Fez foi piorar. Agora, os bandidos estão 'tocando' fogo nos ônibus é de dia", reclamou o comerciante Armando Santos, 34 anos.

Dois ônibus foram incendiados em São Luís. Um no bairro Recanto Vinhais e outro no Piquizeiro. Dois irmãos suspeitos de cometerem um dos crimes foram capturados. Depois dos ataques, a frota municipal foi totalmente recolhida das ruas. Os ônibus só voltaram a circular na manhã desta quinta-feira, 2.

No ataque do recanto Vinhais, cerca de três homens embarcaram no ônibus no ponto final, e quando o coletivo trafegava pela Alameda Andrômeda, um dos criminosos colocou o revólver na cabeça da cobradora e, em seguida, ordenaram que todos os passageiros descessem. Eles jogaram gasolina e atearam fogo.

Um ônibus da linha Pão de Açúcar também foi atacado e, neste caso, apenas alguns bancos foram incendiados. Os próprios moradores apagaram as chamas, com uso de baldes d'água.

Policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e do Serviço de Inteligência prenderam dois irmãos suspeitos de serem os autores do primeiro incêndio. Identificados como Gilmar Delgado Sousa, de 20 anos; e Alan Delgado Sousa, 19, foram reconhecidos pelo motorista e pela cobradora.

Citados como membros da facção "Bonde dos 40", eles foram interrogados na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), houve o interrogatório dos conduzidos.

A polícia conseguiu localizar mais quatro suspeitos de envolvimento nos ataques. Um homem identificado como Eduardo Andrade, o "Cara de Cobra", foi encontrado na companhia de três adolescentes. Eduardo trocou tiros com os policiais e foi derrubado. Ele morreu quando era submetido a cirurgia no Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão 1.

Os três adolescentes foram conduzidos para a sede da Seic, onde teriam assumido a autoria do ataque ao ônibus. Porém, o delegado Luís Jorge, superintendente de Investigações Criminais, informou que eles seriam ouvidos com bastante cautela, pois poderiam estar assumindo o crime para livrar maiores de serem punidos.

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