Fecomercio: IPV fica estável em julho; eletrônicos caem
São Paulo - Os produtos eletroeletrônicos ficaram mais baratos após o fim da Copa do Mundo, de acordo com análise a partir do Índice de Preços do Varejo (IPV) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Em julho, o IPV geral ficou estável ante junho. No […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
São Paulo - Os produtos eletroeletrônicos ficaram mais baratos após o fim da Copa do Mundo, de acordo com análise a partir do Índice de Preços do Varejo (IPV) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). Em julho, o IPV geral ficou estável ante junho. No ano, o indicador acumula alta de 1,63% e no período de 12 meses, de 1,56%.
Júlia Ximenes, assessora econômica da Fecomercio, avalia que após o Mundial da África do Sul, houve diversas promoções no comércio varejista, o que pressionou os preços médios dos produtos eletroeletrônicos para baixo.
"O setor recuou 1,57% em comparação a junho, a nona queda consecutiva." No ano, o setor eletroeletrônico acumula variação negativa de 6,53% nos preços médios de seus produtos. Ela também aponta que "a concorrência desleal do comércio informal e a rápida obsolescência dos equipamentos eletrônicos são o motivo desta queda continuada".
Segundo a Fecomercio, dos 20 produtos que fazem parte do IPV, nove apresentaram variação negativa em julho - a queda no preço médio do setor de feiras livres foi a que mais se destacou: em relação a junho, o setor registrou recuo de 1,88%, a quarta retração consecutiva.
A pesquisa aponta também que os preços médios dos produtos de supermercados caíram 0,03% em relação a junho, o que contribuiu para um reajuste dos preços dos produtos alimentícios. "Em 2010, os alimentos já acumulam variação negativa de 0,09%", afirma Júlia.
Ela diz que o segmento de vestuário, tecidos e calçados inverteu a tendência de alta que vinha registrando e apresentou recuo de 0,28% em relação ao mês de junho. Júlia atribui esse resultado à sazonalidade do setor. "É comum haver queimas de estoque antes da troca da coleção de outono-inverno para a de primavera-verão."
Os outros produtos que registraram queda de seus preços médios em julho foram floriculturas (-3,16%), CDs (-1,34%), jornais e revistas (-1,09%), livrarias (-0,36%), autopeças (-0,32%) e eletrodomésticos (-0,09%).
Mercado imobiliário
Em razão do aquecimento do mercado imobiliário, o setor de materiais de construção apresentou em julho a terceira alta consecutiva, de acordo com o estudo do IPV da Fecomercio. Para Júlia, o incentivo fiscal concedido para as mercadorias que serão usadas nas obras da Copa de 2014 no País não foi suficiente para arrefecer a elevação dos preços no setor. "Este mês, os materiais de construção ficaram, em média, 2,73% mais caros", afirma. "No ano, o segmento acumula alta de 7,34%."
Ela também aponta que "sem a redução do IPI (Impostos sobre Produtos Industrializados), o setor de veículos já apresenta a quarta alta consecutiva. A variação nos preços dos veículos, no entanto, foi menor em julho do que em junho. O segmento registrou variação de 0,21% em julho. No mês anterior, a alta havia sido de 1,03%. O preço dos combustíveis apresentou ligeira alta (0,05%) em julho na comparação com junho.
Os outros grupos de produtos que apresentaram elevação de seus preços médios em julho foram açougues (0,86%), padarias (0,35%), relojoarias (0,31%), móveis e decoração (0,29%), óticas (0,27%), papelaria (0,27%), brinquedos (0,12%), drogarias e perfumarias (0,11%) e postos de combustíveis (0,06%).
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