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EXAME/IDEIA: Paes tem 67% contra 33% de Crivella em 2º turno no Rio

Com desaprovação de 69%, o atual prefeito da capital fluminense teve 21,9% dos votos no 1º turno contra 37% de Paes

Crivella e Paes (EXAME/Divulgação)

Crivella e Paes (EXAME/Divulgação)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 17 de novembro de 2020 às 19h21.

Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 19h35.

O prefeito Eduardo Paes (DEM) vence o candidato Marcelo Crivella (Republicanos) com 67% dos votos válidos no segundo turno para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Crivella, por sua vez fica com 33% dos votos válidos, que excluem brancos e nulos.

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Os dados de intenção de votos para a corrida eleitoral na capital fluminense fazem parte de uma pesquisa exclusiva de EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.

"Eduardo Paes vence em todos as faixas de renda, escolaridade e em todas as regioes da cidade. O candidato do DEM obtém a quase totalidade dos votos dos eleitores que reprovam a gestao da Prefeitura do Rio. Com isso herda a maioria dos votos de Benedita da Silva e Martha Rocha", diz Maurício Moura, fundador do IDEIA.

Ao considerar os votos nulos e brancos, o levantamento mostra Paes fica com 49% das intenções contra 24% de Crivella.

Chama a atenção a desaprovação do atual prefeito do Rio, de 69%, contra 23% de aprovação.

O ex-prefeito da capital fluminense teve 37,01% dos votos válidos no primeiro turno das eleições municipais, que aconteceram no domingo (15), contra 21,9% do atual chefe da cidade, que recebeu apoio do presidente Jair Bolsonaro durante a sua campanha.

O levantamento foi feito entre os dias 16 e 17 de novembro e foi registrado no site do Tribunal Superior Eleitoral com a identificação RJ-06624/2020. A margem de erro é de três pontos para cima ou para baixo.

Perfil

Bispo licenciado da igreja Universal, o atual prefeito já tinha uma alta rejeição no fim do ano passado, quando chegou até a negar que o Rio passava por uma crise no sistema se saúde. Teve sua gestão marcada por atitudes polêmicas, como quando mandou derrubar uma praça de pedário de uma via expressa da cidade, em outubro do ano passado, rompendo o contrato de concessão e ignorando decisão da justiça.

Outro evento que prejudicou sua imagem no ano passado foi o vazamento de um áudio no qual aparece oferecendo vantagens em cirurgias de catarata e varizes a líderes religiosos.

Paes foi prefeito do Rio duas vezes. Da primeira, em 2009, concorreu pelo PMDB com o apoio do então governador Sérgio Cabral, numa disputa acirrada contra Fernando Gabeira (PV). Em 2012, conseguiu se reeleger com 64% dos votos.

Em 2018, Paes concorreu às eleições ao governo do estado, mas perdeu para Wilson Witzel (PSC), atualmente afastado do cargo por decisão do STJ. Paes já havia tentado o cargo em 2006, mas teve apenas 5% dos votos.

Em julho, foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por repasses indevidos que teria recebido durante a campanha de 2012. Naquela época, a cidade já passava por mudanças para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

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