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EUA podem punir Petrobras caso abasteça navios iranianos, diz Araújo

O ministro das Relações Exteriores disse, no entanto, que por ser um tema que envolve a Justiça, a decisão de Dias Toffoli deve ser seguida

Bavand: Navio iraniano aguarda abastecimento enquanto Petrobras tenta resolver impasse sobre sanções dos Estados Unidos (João Andrade/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de julho de 2019 às 16h39.

Brasília — O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo , afirmou nesta quinta-feira, 25, que a Petrobras corre o risco de ser punida pelos Estados Unidos caso abasteça os dois navios iranianos que estão estacionados no Paraná. Ele disse, no entanto, que a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, deve ser seguida.

Ontem à noite, o ministro determinou que a Petrobras abasteça os dois cargueiros, que estão parados desde junho. Em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo, o STF informou que Toffoli indeferiu o pedido da estatal brasileira e manteve a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná que tinha determinado o fornecimento do combustível. Ao recusar-se a fornecer o combustível, a Petrobras alegava que poderia ser punida pois as embarcações são alvo de sanções americanas.

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"É um tema que está na Justiça, nosso entendimento é de que as partes envolvidas têm que seguir a decisão da Justiça. Nós temos chamado a atenção o fato de que a Petrobras poderia estar sujeita a ter prejuízos em suas atividades nos Estados Unidos. De acordo com as medidas que estão em vigor nos EUA, determinado comportamento da empresa por ter esse tipo de repercussão", disse.

Araújo afirmou ainda que a situação permanece e que as empresas, tanto brasileira quanto iraniana, irão seguir a determinação da Justiça. "Achamos que a situação permanece, mas existe o Estado da Lei", disse.

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