ES, MG e SP querem detalhes da intervenção do Exército no RJ
ÀS SETE - Secretários de segurança dos estados têm reunião marcada com o ministro da Justiça para discutir rotas de fuga de traficantes do Rio
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 06h32.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2018 às 07h19.
A intervenção federal ainda é assunto central em Brasília. Nesta quinta-feira, os secretários de segurança de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais têm reunião marcada com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para discutir rotas de fuga de traficantes do Rio de Janeiro para dentro de seus estados.
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Os secretários querem, é claro, evitar que espólios das ações militares se transfiram como problema para os estados vizinhos.
O encontro foi encomendado pelo secretário de Segurança de Minas, Sérgio Barboza Menezes. Na reunião, a ideia é que os agentes dos estados tenham acesso aos detalhes da intervenção, incluindo estratégias militares, de inteligência e reflexos para a região para que se planejem de forma adiantada, inclusive nas regiões fronteiriças.
Será um acesso privilegiado a informações, pois pouco se sabe ainda da extensão que terá a intervenção em âmbito jurídico e político.
Oposicionistas criticaram ao longo de todo o dia de ontem a falta de clareza das ações no Rio, em especial a questão dos mandatos coletivos de busca, apreensão e prisões, que fariam investigadores terem liberdade de entrar nas casas de regiões inteiras, contrariando o dispositivos que exige endereço específico para diligências policiais.
As vozes contrárias insistem que a intervenção é uma medida “sem planejamento” e de caráter eleitoral populista. Os discursos de congressistas motivaram manifestação da presidência.
“O presidente da República não se influenciou por nenhum outro fator, a não ser atender a uma demanda da sociedade. É essa a única lógica que motivou a intervenção federal na área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro”.
Os secretários, na reunião de hoje, devem saber o grau de organização que há por trás da intervenção. A população precisará esperar um pouco mais.