Enfim, uma prioridade nacional
Qualquer país que deseje aumentar seu ritmo de crescimento precisa antes fazer sua lição de casa na área de infra-estrutura. Nesse campo, durante muito tempo, o Brasil se comportou como um paciente com doenças coronárias que, ignorando por completo os avisos médicos, insiste em aumentar sua carga de atividades físicas. A insistência no erro pode […]
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h30.
Qualquer país que deseje aumentar seu ritmo de crescimento precisa antes fazer sua lição de casa na área de infra-estrutura. Nesse campo, durante muito tempo, o Brasil se comportou como um paciente com doenças coronárias que, ignorando por completo os avisos médicos, insiste em aumentar sua carga de atividades físicas. A insistência no erro pode levar o organismo ao colapso - e é esse o risco a que o país ficou exposto. Quase todos os setores de infraestrutura acumularam problemas sérios ao longo dos últimos anos, causados pela falta de investimento em obras de manutenção e ampliação. Com o lançamento em janeiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governo mostrou que reconhece a crise e que está disposto a enfrentá-la. Os críticos vêm apontando uma série de falhas no projeto, como a lentidão de alguns investimentos e a timidez das ações frente aos enormes desafios que o Brasil tem hoje em setores como o de logística. É inegável, porém, que o PAC representa um avanço. Mais importante do que os investimentos de 504 bilhões de reais previstos até 2010, foi o fato de o plano colocar pela primeira vez a questão da infra-estrutura como prioridade nacional. Isso pode criar as condições para que o Brasil não se transforme no país dos "apagões", o que o deixaria relegado a uma condição de inferioridade no cada vez mais feroz cenário de competição internacional.
O conjunto de mais de 20 000 dados contidos neste anuário mostra o quanto é urgente a multiplicação de investimentos em várias áreas da infra-estrutura. A reportagem da página 44, por exemplo, exibe um quadro completo sobre os graves problemas verificados nos portos brasileiros. Eles são caros, ineficientes e despreparados para os atuais padrões de volume do comércio internacional - e mais despreparados ainda para um cenário de crescimento. Em outra reportagem, vários especialistas indicam medidas urgentes para resolver o caos aéreo. As respostas a esse desafio podem ser encontradas na página 38. As tabelas e os gráficos que ajudam a compor as análises setoriais do anuário trazem algumas novidades, como um capítulo dedicado ao biodiesel. O quadro com as obras em andamento também foi ampliado, com a inclusão de dados mostrando se os orçamentos originais dos projetos passaram por revisões. Nos casos em que isso aconteceu, constam os novos valores. Essas informações têm como objetivo tornar a publicação uma referência cada vez mais completa de um setor vital para o desenvolvimento da economia nacional.
Qualquer país que deseje aumentar seu ritmo de crescimento precisa antes fazer sua lição de casa na área de infra-estrutura. Nesse campo, durante muito tempo, o Brasil se comportou como um paciente com doenças coronárias que, ignorando por completo os avisos médicos, insiste em aumentar sua carga de atividades físicas. A insistência no erro pode levar o organismo ao colapso - e é esse o risco a que o país ficou exposto. Quase todos os setores de infraestrutura acumularam problemas sérios ao longo dos últimos anos, causados pela falta de investimento em obras de manutenção e ampliação. Com o lançamento em janeiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governo mostrou que reconhece a crise e que está disposto a enfrentá-la. Os críticos vêm apontando uma série de falhas no projeto, como a lentidão de alguns investimentos e a timidez das ações frente aos enormes desafios que o Brasil tem hoje em setores como o de logística. É inegável, porém, que o PAC representa um avanço. Mais importante do que os investimentos de 504 bilhões de reais previstos até 2010, foi o fato de o plano colocar pela primeira vez a questão da infra-estrutura como prioridade nacional. Isso pode criar as condições para que o Brasil não se transforme no país dos "apagões", o que o deixaria relegado a uma condição de inferioridade no cada vez mais feroz cenário de competição internacional.
O conjunto de mais de 20 000 dados contidos neste anuário mostra o quanto é urgente a multiplicação de investimentos em várias áreas da infra-estrutura. A reportagem da página 44, por exemplo, exibe um quadro completo sobre os graves problemas verificados nos portos brasileiros. Eles são caros, ineficientes e despreparados para os atuais padrões de volume do comércio internacional - e mais despreparados ainda para um cenário de crescimento. Em outra reportagem, vários especialistas indicam medidas urgentes para resolver o caos aéreo. As respostas a esse desafio podem ser encontradas na página 38. As tabelas e os gráficos que ajudam a compor as análises setoriais do anuário trazem algumas novidades, como um capítulo dedicado ao biodiesel. O quadro com as obras em andamento também foi ampliado, com a inclusão de dados mostrando se os orçamentos originais dos projetos passaram por revisões. Nos casos em que isso aconteceu, constam os novos valores. Essas informações têm como objetivo tornar a publicação uma referência cada vez mais completa de um setor vital para o desenvolvimento da economia nacional.