Fernando Henrique Cardoso: se torna presidente do Brasil em 1995 (Marie Hippenmeyer/AFP/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 28 de julho de 2023 às 11h37.
Última atualização em 15 de agosto de 2023 às 15h34.
Na esteira do sucesso do Plano Real, o ex-ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso vence as eleições presidenciais e toma posse como presidente do Brasil, no dia 1 de janeiro de 1995.
Em fevereiro, o país celebra um ano de estabilidade econômica proporcionada pela nova moeda e ganha fôlego para a retomada do crescimento nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro chega a US$ 554 bilhões e a taxa de crescimento do país é de 4,4%.
Naquele ano, os bons ventos da MELHORES E MAIORES sopraram em direção às montanhas de Minas, consagrando a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) como campeã do anuário. Fundada em 1956 em Ipatinga (MG), era considerada uma das meninas dos olhos do governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, mineiro de Diamantina.
Concebida inicialmente como uma estatal, a Usiminas, desde o início das operações, tornou-se referência em siderurgia no país, alcançando, em 1971, a marca de um milhão de toneladas de aço produzidas por ano. No final da década de 70, já eram mais 3,5 milhões de toneladas de aço anuais.
Em 1991, tornou-se a primeira estatal privatizada do país pelo governo federal. Apesar dos protestos ocorridos na época, a privatização permitiu à empresa um salto em investimentos e produtividade nos anos seguintes, trabalho reconhecido e celebrado com o prêmio de melhor empresa oferecido por MELHORES E MAIORES, em 1995.
Atualmente, a Usiminas é líder no mercado brasileiros de aços planos e um dos maiores complexos siderúrgicos da América Latina. A companhia conta com unidades logísticas e industriais em seis estados brasileiros e registrou lucro líquido de R$ 544 milhões no primeiro semestre de 2023, segundo balanço divulgado pela empresa.
Mas o ano de 1995 não trouxe boas novas apenas na política e na economia. Na área da cultura, após anos de retração por falta de verbas e incentivos, o cinema brasileiro marcava sua retomada com a estreia do premiado filme Carlota Joaquina-Princesa do Brasil, dirigido por Carla Camurati. Ainda naquele ano, mais três pérolas do cinema conquistaram o público: Terra Estrangeira, de Walter Salles Júnior e Daniela Thomas; Sábado, de Ugo Georgetti; e O Quatrilho, de Fábio Barreto, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1996.