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Eduardo Leite se diz aberto ao diálogo para uma aliança com o PT no RS

"Diálogo é algo que exige duas partes, senão é monólogo. Da nossa parte haverá disposição de conversas, espero que haja da parte deles também", afirmou o candidato

O tucano declarou que as eleições presidenciais são importantes e que não haverá omissão (Tiago Coelho/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de outubro de 2022 às 15h48.

Última atualização em 3 de outubro de 2022 às 16h26.

O candidato do PSDB ao Rio Grande do Sul, o ex-governador Eduardo Leite , após quase ficar de fora do segundo turno, afirmou que há uma possibilidade de diálogo com o PT para uma aliança no Estado. Apesar do posicionamento a nível estadual, Leite preferiu não se manifestar sobre a corrida presidencial antes de dialogar com seu grupo político.

"Temos muitas diferenças com o PT no ponto de vista de programa de governo, a forma de governar, especialmente no que diz respeito ao entendimento como é que o Estado deve agir em determinadas políticas públicas, mas sempre dialogamos, nunca tratamos como inimigos a serem exterminados", declarou o ex-governador, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 3, um dia depois da eleição de primeiro turno.

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"Diálogo é algo que exige duas partes, senão é monólogo. Da nossa parte haverá disposição de conversas, espero que haja da parte deles também. O que não significa necessariamente algum tipo de acordo político ou de apoio político."

Leite, contudo, declarou estar "menos preocupado" com os apoios políticos que, segundo ele, em outros tempos, tinham mais relevância. Para ele, diante da intensa polarização, o foco é o diálogo e a construção de capacidade de entendimento. "Podemos vencê-las eleições no segundo turno pelos nossos méritos, pela discussão do Rio Grande do Sul", disse.

Incomodado com as perguntas dos jornalistas sobre um posicionamento nacional, o tucano declarou que as eleições presidenciais são importantes e que não haverá omissão. Ele citou a candidata ao Executivo nacional Simone Tebet (MDB), que no domingo, 2, cobrou um posicionamento dos partidos de sua coligação sobre o segundo turno antes de expor uma decisão individual. "Tomaremos posição, mas vamos conversar a partir de agora. Não tomarei posição individual antes de conversar com o grupo político", afirmou.

Para o segundo turno, o tucano afirmou que irá apostar na biografia política de sua equipe, trabalho e projetos. "Não preciso ser medido por essa régua estreita que se tornou a política nacional entre Lula e Bolsonaro."

Leite irá disputar o segundo turno com Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do atual governo de Jair Bolsonaro (PL). No primeiro turno, Onyx recebeu 37,5% dos votos válidos, enquanto o tucano teve 26,81%.

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