Doria obriga uso de máscara e sinaliza que pode adiar flexibilização
Cidades com índices de isolamento abaixo de 50% já serão excluídas do plano de retomada das atividades, previsto para iniciar em 11 de maio
Clara Cerioni
Publicado em 4 de maio de 2020 às 13h13.
Última atualização em 4 de maio de 2020 às 13h41.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira, 4, que a partir da próxima quinta-feira, 7, será obrigatório o uso de máscaras para quem sair na rua em todos os 645 municípios do estado enquanto durar a pandemia do novo coronavírus .
"Todos os cidadãos que estiverem caminhando, andando ou se dirigindo a qualquer local no estado deverão usar a proteção", disse o governador. Ficará a cargo de cada prefeitura determinar como será a fiscalização e as possíveis punições a quem descumprir o decreto.
Hoje, já começou a obrigatoriedade para passageiros do Metrô, de trens da CPTM, dos ônibus intermunicipais da EMTU e dos ônibus rodoviários que circulam dentro do estado. Passageiros e motoristas de táxis e aplicativos também devem usar a proteção.
Na entrevista coletiva, o governador voltou a dizer que pode adiar flexibilização do isolamento, marcada para começar em 11 de maio, nas cidades que não estão atingindo índices satisfatórios de quarentena.
Neste domingo, o Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) do governo mostrou que o percentual de isolamento social no estado foi de, em média, 59%.
Cerca de 18 cidades tiveram índices abaixo de 50%: Assis, Itapeva, Sumaré, Itatiba, Piracicaba, Santa Bárbara do Oeste, Barueri, Marília, Matão, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Araraquara, Limeira, Araçatuba, Presidente Prudente e Catanduva.
"Todas essas cidades precisam melhorar seus índices, principalmente, se desejarem ter algum tipo de flexibilização. Não havendo um índice superior a 50%, já por este item, as cidades estarão automaticamente excluídas do plano de retomada", afirmou Doria.
Questionado se haveria a possibilidade de decretar "lockdown", o governador afirmou que não descarta a hipótese, mas ainda não há necessidade.
São Paulo, epicentro da doença no país, é o estado com os maiores índices da covid-19. Até este domingo, 3, são 31.772 casos confirmados da doença e 2.627 mortes.