Exame Logo

Doméstica foi usada por PP para desviar R$ 622 mil, diz MPF

Segundo registros da Câmara, ela teria trabalhado para os ex-parlamentares Pedro Corrêa, entre 2003 e 2006, e depois para Aline Corrêa, entre 2007 e 2012

A denúncia do MPF contra os ex-deputados Pedro Corrêa (foto acima) e sua filha, Aline Corrêa, ambos do PP, aponta que Reinasci foi usada para desviar R$ 622 mil (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 11h16.

São Paulo - A empregada doméstica Reinasci Cambuí de Souza prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato , na sexta-feira, 26.

Denúncia do Ministério Público Federal contra os ex-deputados Pedro Corrêa e sua filha, Aline Corrêa, ambos do PP, e mais 5 pessoas, aponta que Reinasci foi usada para desviar R$ 622 mil da Câmara dos Deputados.

"Seu Ivan pegou meus documentos uma vez e levou para a Câmara. Só que eu nunca trabalhei na Câmara, não, e nunca recebi salário da Câmara, não. Eu trabalhava na casa do Ivan Vernon (então assessor de Pedro Corrêa), de empregada doméstica", disse Reinasci à Justiça Federal, em audiência por videoconferência. "Eu sempre confiei nele, trabalhei 17 anos com ele", afirmou.

Os dois ex-deputados e Ivan Vernon estão respondendo por peculato. Pelos cálculos da Procuradoria da República, o valor indevidamente desviado e apropriado pelos denunciados a título de remuneração paga indevidamente a Reinasci alcança o valor mínimo de R$ 246.663,29, entre 11 de junho de 2003 e 15 de março de 2006, e de R$ 375.734,47 entre 11 de outubro de 2007 e 31 de maio de 2012, em um total de R$ 622.397,76, em valores não atualizados.

"Por meio da indicação fraudulenta da funcionária fantasma, ainda, os mesmos denunciados obtiveram vantagens ilícitas, em prejuízo da União Federal, levando-a a erro, mediante artifício de incluir nos quadros de funcionários de gabinete, no Congresso , funcionária fantasma", sustenta o Ministério Público Federal na denúncia.

Reinasci foi nomeada para o cargo de Secretária Parlamentar em duas ocasiões. Segundo registros da Câmara, ela teria trabalhado para os ex-parlamentares Pedro Corrêa, entre 2003 e 2006, e depois para Aline Corrêa, entre 2007 e 2012.

O ex-deputado está preso preventivamente desde 10 de abril pela Lava Jato. Sua filha responde ao processo em liberdade.

"Vi (Pedro Corrêa) uma vez, pessoalmente, na casa do seu Ivan. Mas nunca conversei com ele, não. Eu fiquei dentro da cozinha, só ia lá para levar água e café", contou Reinasci em depoimento a Sérgio Moro. Ela afirmou que não conheceu Aline Corrêa.

Veja também

São Paulo - A empregada doméstica Reinasci Cambuí de Souza prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato , na sexta-feira, 26.

Denúncia do Ministério Público Federal contra os ex-deputados Pedro Corrêa e sua filha, Aline Corrêa, ambos do PP, e mais 5 pessoas, aponta que Reinasci foi usada para desviar R$ 622 mil da Câmara dos Deputados.

"Seu Ivan pegou meus documentos uma vez e levou para a Câmara. Só que eu nunca trabalhei na Câmara, não, e nunca recebi salário da Câmara, não. Eu trabalhava na casa do Ivan Vernon (então assessor de Pedro Corrêa), de empregada doméstica", disse Reinasci à Justiça Federal, em audiência por videoconferência. "Eu sempre confiei nele, trabalhei 17 anos com ele", afirmou.

Os dois ex-deputados e Ivan Vernon estão respondendo por peculato. Pelos cálculos da Procuradoria da República, o valor indevidamente desviado e apropriado pelos denunciados a título de remuneração paga indevidamente a Reinasci alcança o valor mínimo de R$ 246.663,29, entre 11 de junho de 2003 e 15 de março de 2006, e de R$ 375.734,47 entre 11 de outubro de 2007 e 31 de maio de 2012, em um total de R$ 622.397,76, em valores não atualizados.

"Por meio da indicação fraudulenta da funcionária fantasma, ainda, os mesmos denunciados obtiveram vantagens ilícitas, em prejuízo da União Federal, levando-a a erro, mediante artifício de incluir nos quadros de funcionários de gabinete, no Congresso , funcionária fantasma", sustenta o Ministério Público Federal na denúncia.

Reinasci foi nomeada para o cargo de Secretária Parlamentar em duas ocasiões. Segundo registros da Câmara, ela teria trabalhado para os ex-parlamentares Pedro Corrêa, entre 2003 e 2006, e depois para Aline Corrêa, entre 2007 e 2012.

O ex-deputado está preso preventivamente desde 10 de abril pela Lava Jato. Sua filha responde ao processo em liberdade.

"Vi (Pedro Corrêa) uma vez, pessoalmente, na casa do seu Ivan. Mas nunca conversei com ele, não. Eu fiquei dentro da cozinha, só ia lá para levar água e café", contou Reinasci em depoimento a Sérgio Moro. Ela afirmou que não conheceu Aline Corrêa.

Acompanhe tudo sobre:CongressoCorrupçãoEscândalosFraudesOperação Lava Jato

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame