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Disputa política marca primeira sessão da CPI do MST, com presença de deputados petistas

Troca de ataques entre apoiadores de Lula e bolsonaristas ocorre enquanto parlamentares expõem alimentos produzidos pelo movimento

"Até Salles não pôde negar que é delicioso", escreveu Jara no Twitter (Camila Jara/ Twitter/Reprodução)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2023 às 17h17.

Última atualização em 23 de maio de 2023 às 18h04.

Deputados petistas aproveitam espaço para fazer vitrine para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST ) na primeira sessão após definição do presidente e relator — tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), respectivamente — da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST .

Salles recebeu e tomou um gole de um suco de uva tinto orgânico produzido por integrantes do movimento antes do início da atividade por Camila Jara (PT-MS), que transformou a bancada onde está sentada num espaço para expor outros alimentos produzidos. Marcon (PT-RS), distribuiu para parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro um saco de arroz também da MST.

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"Até Salles não pôde negar que é delicioso", escreveu Jara no Twitter.

Ataques entre defensores de Lula e apoiadores de Bolsonaro

O clima novamente foi de trocas de ataques entre defensores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e bolsonaristas. Delegado Éder Mauro (PL-PA) fez novamente um discurso com gritos, chamando integrantes do MST de "marginais" e "bandidos", retrucado por Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que afirmou que "marginal é quem defende torturador".

"Eu não admito isso. Eu não sou marginal", disse Valmir Assunção (PT-BA), que começou a bater na mesa em protesto.

Governistas criticaram a nomenclatura e o plano de trabalho apresentados por Salles. No texto, aparece que o objeto de investigação é destinado "à invasão de propriedade, depredação de patrimônio público e privado e crimes correlatos". "Vamos ter uma CPI sem objeto", disse a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse em entrevista à BandNews que a CPI teria um objeto de investigação mais amplo, para além do MST.

A comissão parlamentar também será espaço para o próprio Salles, que pretende lançar candidatura à prefeitura de São Paulo e ser o nome apoiado por Bolsonaro na capital paulista.

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