O país não pode se atemorizar, nem parar de produzir ou de consumir, afirmou a presidente (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2011 às 13h56.
Rio de Janeiro – A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (25) mais investimento em conhecimento, tecnologia e inovação como forma de fortalecer o país para enfrentar os desdobramentos da crise econômica que atualmente atinge a Europa e pode se estender pelos próximos anos. Segundo Dilma, com a crise, o Brasil está diante de oportunidades que devem ser aproveitadas.
“Estamos num momento muito delicado internacionalmente", disse a presidente. Ela ressaltou que a Europa pode passar "um tempo expressivo" enfrentando essa crise, que não acaba em um ano, nem em dois. "Temos de ter consciência disso e também de que os Estados Unidos não estão numa situação muito favorável". Ao mesmo tempo, é preciso saber a crise é oportunidade, e o Brasil está hoje diante de várias oportunidades, destacou Dilma ao participar da inauguração das novas instalações do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).
O país não pode se atemorizar, nem parar de produzir ou de consumir, afirmou a presidente. “Temos que avançar e isso significa melhorar a qualidade do serviço público no Brasil, garantir que o setor privado continue investindo, que a população continue consumindo, mas, sobretudo, temos de avançar nos passos que modificarão o Brasil. Um deles é, sem sombra de dúvida, apostar na inovação. Acredito que um dos saltos para o Brasil é inovação, ciência e tecnologia.”
No discurso, Dilma falou também sobre demandas da Petrobras. Segundo ela, o que o governo pretende é que sejam fabricados no Brasil todo os produtos que a empresa vai demandar nos próximos anos. “A Petrobras vai comprar 67 sondas, cada uma ao custo aproximado de R$ 1 bilhão. Temos uma demanda muito forte, que explica por que hoje, mesmo com a crise internacional, temos uma das menores taxas de desemprego, de 5,8%, quando, por exemplo, a Espanha tem taxa de 45% entre seus jovens e média de 22%”, ressaltou.
“A possibilidade de [o Brasil] chegar a ser a quinta potência [mundial] está cada dia mais claro que está logo ali, mas queremos ser um país sem pobreza, de classe média e com serviços de qualidade”, enfatizou.