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Dia de votação: Lula diz que 'fanático' terá que se adequar e Bolsonaro fala em 'luta contra o mal'

Atual presidente volta a lançar dúvidas sobre processo eleitoral; Lula relembra período preso e comemora liberdade

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Nelson Almeida/AFP/Sopa Images/Getty Images)

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Nelson Almeida/AFP/Sopa Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2022 às 10h17.

Os dois principais cadidatos à presidência da República voltaram a trocar farpas neste domingo, 2, dia de votação. Em São Bernanrdo do Campo, seu berço político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comemorou sua liberdade nestas eleições disse que os “fanáticos” precisarão “se adequar à maioria”. Já o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que tem a certeza de que vencera as eleições com, "no mínimo", 60% dos votos, caso o processo seja "limpo".

"Tenho a certeza que em uma eleição limpa, ganharemos hoje com no mínimo 60% dos votos", disse Bolsonaro, enquanto se dirigia para o comboio que o levaria para sua seção eleitoral, no Rio de Janeiro.

"Há uma distância enorme entre eu e o outro lado. É a luta do bem contra o mal. O outro lado não conseguiu sair às ruas, não fez campanha. Não tem aceitação, não tem credibilidade", disse.

No ABC Paulista, Lula afirmou que este domingo é um dia “mais do que importante” para ele. “Há quatro anos atrás eu não pude votar porque eu tinha sido vítima de uma mentira nesse país e eu estava detido na Polícia Federal exatamente no dia da eleição”, disse Lula. “Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar, não levaram. E quatro anos depois eu estou aqui, votando com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente da República desse país”, comemorou o petista, que se declarou “muito feliz”.

Questionado sobre como reunificar o país e sobre a continuidade do “bolsonarismo” após as eleições, independentemente do resultado, Lula disse que os “fanáticos” precisarão “se adequar à maioria”. “Penso que os bolsonaristas mais fanáticos terão que se adequar à maioria da sociedade. A maioria da sociedade não quer confronto, quer paz. As pessoas não querem na sua maioria a venda de armas, querem a distribuição de livros”, afirmou. “Aqueles que não quiserem, que desrepeitarem a lei, é problema deles. Mas acho que será fácil a gente restabelecer a paz e a democracia neste país”, afirmou o ex-presidente.

Um eleitor xingou de “ladrão” o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no momento em que o ex-presidente se dirigia à urna para votar. Ele foi retirado pela polícia e saiu reclamando: “Só chamei ele de ladrão”.

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