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De admirador a futuro ministro, conheça a trajetória de Gustavo Bebianno

Advogado e lutador de Jiu-Jitsu, o futuro ministro foi anunciado para comandar a Secretaria-Geral da Presidência do governo Bolsonaro

Bebianno: aos 54 anos, ele foi uma das figuras mais importantes para a eleição de Bolsonaro (José Cruz/Agência Brasil)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 22 de novembro de 2018 às 12h00.

Última atualização em 23 de novembro de 2018 às 19h51.

São Paulo — O advogado carioca Gustavo Bebianno foi anunciado nesta quarta-feira (21) como futuro ministro daSecretaria-Geral da Presidência do governo Bolsonaro .Conselheiro e uma das figuras mais próximas do presidente eleito, a confirmação de sua indicação já era esperada.

Aos 54 anos, Bebianno foi peça fundamental durante a corrida eleitoral deste ano. Ele foi o responsável por encontrar o partido que lançaria Bolsonaro, até então do PSC, como candidato à Presidência.

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Teceu conversas com oPatriota, legenda que acabou lançando Cabo Daciolo, mas afirmou ao jornal Folha de S.Paulo, que não sentiu confiança nas promessas de Adilson Barroso, presidente do Patriota.

Depois de indas e vindas, escolheu o PSL , comandado até então pelo deputado federal eleito por Pernambuco,Luciano Bivar.

Em janeiro, se filiou ao partido e assumiu sua presidência.Cuidou de todas as demandas da campanha — inclusive as conversas com a imprensa e o controle financeiro da corrida eleitoral.

Um dia depois do segundo turno, com a vitória de Bolsonaro, o advogado deixou o comando da sigla, que voltou para as mãos de Bivar.

Faixa preta deJiu-Jitsue admirador do presidente eleito, a quem se dirige como "capitão", Bebianno tentou diversas aproximações com Bolsonaro até conquistar sua confiança.

Sua primeira investida foi em 2015. Em setembro daquele ano, o advogado enviou uma mensagem no Facebook de Carlos Bolsonaro, filho de Jair e vereador pelo Rio de Janeiro, pedindo uma ação do então deputado federal contra um decreto assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff. O pedido, no entanto, não obteve resposta.

O primeiro encontro aconteceu apenas em 2017. Na ocasião, Bebianno se ofereceu para tratar dos casos jurídicos de Bolsonaro de graça.

A princípio a oferta foi negada, mas com o passar do tempo foi conquistando a confiança da família e do próprio Bolsonaro.Atualmente, é tido como o “fiel escudeiro” do presidente eleito.

Ostenta quase o mesmo prestígio dos filhos de Bolsonaro: participa das reuniões em sua casa na Barra da Tijuca e foi um dos poucos a ser autorizado a permanecer na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, após o ataque a faca sofrido pelo presidente eleito durante a campanha, em setembro.

Formado em direito pela PUC-Rio, em 1990, segundo informações do jornal O Globo, o advogado trancou o curso e foi tentar a vida dando aulas da arte marcial em Miami. Abriu uma academia na cidade, mas, quatro anos depois, voltou ao Rio para estudar.

Em 2006, voltou à Flórida, desta vez como sócio de Rilion Gracie, um dos filhos da família de lutadores. Investiu cerca de US$ 60 mil em uma academia com Gracie, com quem treinava desde os 18 anos em Ipanema. Em 2008, voltou ao Brasil.

Ações na Secretaria-Geral da Presidência

Após seu anúncio como ministro, Bebianno afirmou em entrevista coletiva que sua principal tarefa à frente da Secretaria-Geral será a "modernização" e a "desburocratização" do Estado.

O futuro ministro confirmou que será responsável pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a Secretaria de Comunicação Social (Secom) e também o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), criado no governo de Michel Temer para administrar a agenda de privatizações e concessões.,

Ele também informou que a Empresa Brasileira de Comunicação ficará sob sua responsabilidade e disse que está estudando qual será o destino dado à empresa, criada durante o governo Lula em 2007.

"Agora, talvez pela primeira vez, o governo federal olhará para sua atividade-fim, que é servir a população", disse Bebianno na coletiva.

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