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Crise hídrica afeta mais de 50 cidades do NE, diz Integração

Ministério da Integração revela que mais de 50 cidades no Nordeste estão em colapso hídrico, e o número pode chegar a 105 se não chover mais na região

Seca no Nordeste: governo federal deve começar a oferecer apoio nas próximas semanas (Arquivo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 16h59.

Brasília - Mais de 50 municípios no Nordeste estão em colapso hídrico neste momento, podendo chegar a 105 se o regime de chuvas na região não melhorar.

Há interrupção do abastecimento nessas localidades em pelo menos quatro dias na semana, mas existem aquelas em que o período sem água chega a 15 dias.

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O levamento foi feito pelo Ministério da Integração Nacional , com dados dos Estados.

O governo federal deve começar a oferecer apoio nas próximas semanas, por meio de carro-pipa.

"Ainda não definimos como nem quando. Faremos dentro do que é possível. Na área rural, o abastecimento é feito pelo Exército, com controle eletrônico. Estados e municípios devem adotar todos os mesmos critérios ou continuaremos a fazer com o Exército. Na próxima semana trataremos das alternativas", afirmou o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.

Occhi destacou que a solução para questão hídrica no Nordeste é a transposição do Rio São Francisco. "A partir do segundo semestre começamos a entregar quilômetros dessa obra, e a conclusão será até o fim de 2016", disse.

Dados da Agência Nacional de Águas (ANA), porém, mostram que mesmo o Rio São Francisco está ainda longe de um nível satisfatório.

Dos dois reservatórios do rio, o de Três Marias, na cabeceira, teve recuperação nesse período de chuvas no Nordeste, mas ainda opera em nível muito baixo. O de Sobradinho se mantém em situação crítica.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou que o planejamento da campanha sobre uso racional da água que está sendo preparada pelo governo deve ser retomada este mês, com a proximidade do fim do período de chuvas.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, uma divergência na formulação da campanha entre a Secretaria de Comunicação do governo - que pretendia creditar a seca que atinge boa parte do País ao aquecimento global - e o Ministério do Meio Ambiente, que pretendia deixar de fora uma questão que ainda não tem consenso científico, travou a campanha. Izabella afirmou que já marcou uma visita ao novo ministro da Secom, Edinho Silva, para tratar do tema.

"Vamos discutir como vamos comunicar as informações nacional e regionalmente. Será uma campanha de informação. Vamos tentar influenciar o comportamento de cada brasileiro. Temos que poupar água", disse.

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