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São Paulo pronto para começar vacinação hoje: escolhida é enfermeira

Governador João Doria e cúpula do Butantan aguardam aprovação de uso de emergencial do imunizante pela Anvisa. Governador realiza uma coletiva de imprensa nesta tarde

Governador João Doria: Um anúncio muito consistente" (Twitter/Reprodução)

Governador João Doria: Um anúncio muito consistente" (Twitter/Reprodução)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 13h31.

Última atualização em 17 de janeiro de 2021 às 14h35.

O governador de São Paulo João Doria Júnior acompanha a reunião da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para liberar o uso emergencial da vacina Coronavac no Hospital das Clínicas (HC) junto à cúpula do Instituto Butantan neste domingo, 17 de janeiro.

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Além de Doria, estão presentes no HC o diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o secretário estadual de Saúde, Jean  Gorinchteyn. A presença do trio indica que, uma vez que o uso emergencial da Coronavac seja aprovado pela Anvisa, deve começar a vacinação em profissionais de saúde do HC neste domingo, ainda que de forma simbólica.

Enquanto a votação continua na Anvisa, com a leitura do voto da relatora, no HC já foi escolhida a primeira brasileira a ser vacinada em solo brasileiro: uma enfermeira negra do Emilio Ribas.

Mônica Calazans, de 54 anos, trabalha na UTI da instituição e faz parte do grupo de risco, pois é obesa, hipertensa e diabética. Segundo informações da Folha, a enfermeira mora em Itaquera, periferia de São Paulo, com o filho e cuida da mãe, que tem 72 anos.

Em seu perfil do Twitter, Doria declarou que entregará as vacinas do Instituto Butantan ao Ministério da Saúde para que sejam distribuída em São Paulo.

A vacinação com a Coronvac em São Paulo estava prevista para a próxima segunda-feira (18) e o governador João Doria Jr. realiza uma coletiva de imprensa nesta tarde, na qual deve anunciar os próximos passos da vacinação e da quarentena em SP.

Durante a reunião da Anvisa, a área técnica apresentou seus relatórios sobre a vacina da empresa chinesa Sinovac e a vacina feita por Oxford com a AstraZeneca. Ambas tiveram a recomendação de aprovação para uso emergencial pelos técnicos.

 

Coronavac

A vacina Coronavac foi criada com base no próprio vírus. Os pesquisadores da Sinovac Life Sciences criam uma cultura do vírus em laboratório, o deixam inativo e aplicam em pacientes. Com isso, a produção de anticorpos é estimulada pelo organismo humano, o que pode prevenir os sintomas graves da covid-19, que podem causar a morte. Com anticorpos específicos para a infecção, o organismo pode combater de forma mais eficiente o coronavírus, de modo a não causar grandes danos à saúde.

O pedido à Anvisa é relativo a 6 milhões de doses da Coronavac para profissionais de saúde, idosos, pessoas com comorbidades, povos e comunidades indígenas, população de rua, membros da força de segurança e salvamento, trabalhadores do transporte coletivo e presos. 

A Anvisa reforça que nenhum país no mundo aprovou o uso sanitário da Coronavac, mas, sim, apenas tem aval para uso emergencial. Foram realizadas 41 comunicações entre a Anvisa e o Instituto Butantan para avaliação da vacina antes da decisão de hoje da agência.

Anunciada na última terça-feira, a eficácia geral da Coronavac é de 50,38%. A informação foi divulgada pelo diretor do instituto, Dimas Covas. A eficácia é relacionada à capacidade do imunizante de evitar casos sintomáticos da covid-19, que já matou 2 milhões de pessoas no mundo.

Vacina de Oxford

A vacina de Oxford com a AstraZeneca também recebeu o aval da aprovação emergencial em face da ausência de tratamentos eficazes contra a covid-19 no mundo.

A medida vale, inicialmente, para 2 milhões de doses de vacinas produzidos na Índia pelo Instituto Serum. No futuro, a Fiocruz fabricará localmente o imunizante.

Segundo reportagem do jornal indiano Times of India, as vacinas só devem ser enviadas ao Brasil dentro de duas semanas.

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