Como o brasileiro cuida de sua saúde em 9 dados
Você sabia que a gripe é a doença que mais afasta o brasileiro do trabalho? E que a maioria dos homens não usam fio dental? Veja este e outros dados do IBGE
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2015 às 11h48.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h41.
São Paulo - O brasileiro está cuidando melhor de sua saúde , consegue atendimento médico via SUS quando procura e cada vez mais pessoas têm acesso a planos privados de saúde. Por outro lado, pena para conseguir remédios no serviço público e descuida da higiene bucal. Essas informações fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde 2013, realizada em convênio com o Ministério da Saúde e divulgada pelo IBGE na manhã desta terça-feira. O levantamento traz dados sobre acesso e uso de serviços de saúde, cobertura de plano de saúde, saúde bucal, percepção de discriminação nos serviços de saúde, dentre outros. Veja nas fotos nove dados sobre como o brasileiro está cuidando de sua saúde.
Sete em cada 10 brasileiros foi ao médico nos 12 meses anteriores à pesquisa - mas só 44,4% fizeram uma visita ao dentista no mesmo período. A boa notícia é que dentre as 30,7 milhões de pessoas que procuraram algum atendimento de saúde nas duas últimas semanas anteriores à data da pesquisa, 97% afirmaram ter conseguido atendimento. Por outro lado, na hora de conseguir os medicamentos receitados a situação é mais complicada: apenas 33,2% das pessoas conseguiu obter pelo menos um dos medicamentos receitados no serviço público de saúde.
A pesquisa mostra que 27,9% da população brasileira está coberta por algum tipo de plano de saúde (médico ou odontológico). O grupo etário que tem a maior cobertura de planos de saúde é o das pessoas com 30 anos ou mais de idade. Entre os que têm plano de saúde, um terço não é responsável pelo seu pagamento - essa responsabilidade é do empregador do titular do benefício. A qualidade dos planos é avaliada como boa ou muito boa por 72% dos assegurados. A cobertura de plano de saúde é maior entre brancos (37,9%) e menor entre pardos (18,7%) e pretos (21,6%).
Nas duas semanas anteriores à realização da pesquisa, 7% da população deixou de realizar suas atividades habituais por conta de motivos de saúde. A proporção foi maior entre as mulheres (8%) do que entre os homens (5,9%). O principal problema de saúde que afastou as pessoas de suas atividades foi o resfriado ou gripe (17,8%). Outros 10,5% disseram que o problema foi dor nas costas.
O SUS ainda é o principal destino de quem procura atendimento. Segundo a pesquisa, 48% das pessoas disseram que vão a uma Unidade Básica de Saúde quando precisam de atendimento de saúde. Já duas em cada dez pessoas disseram que costumam ir a um consultório ou clínica particular.
No Brasil, entre as pessoas com mais de 18 anos de idade, 89% escovam os dentes pelo menos duas vezes ao dia. O percentual é menor na áreal rural (79%) do que na área urbana (onde alcança (90,7%). As mulheres parecem ser mais cuidadosas com esse hábito do que os homens: enquanto 91,5% delas afirmou fazer a escovação duas vezes ao dia, o percentual de homens com a mesma rotina ficou em 86,5%. Quando se trata de uma higiene bucal mais completa, com escova, pasta de dente e fio dental, o percentual cai para 57% das mulheres e 48% dos homens. Há também uma grande diferença de cuidados com a higiene de acordo com o nível de instrução. Enquanto entre as pessoas com nível superior completo o hábito de escovar os dentes atinge 83% da população, entre os sem instrução não chega a 30%.
A pesquisa ainda traz um dado sobre discriminação no atendimento de saúde. Entre as pessoas com mais de 18 anos de idade, 10,6% afirmaram que já se sentiram discriminadas por médicos ou outro profissional de saúde. Perguntadas sobre as razões de se sentirem discriminadas, as pessoas responderam que receberam este tratamento pior por não terem dinheiro (53,9%) e por pertencerem a uma classe social baixa (52,5%).
A avaliação das condições de saúde de uma população começa no ambiente em que ela vive. No Brasil, ainda há 4 milhões de domicílios - que representam 6,3% do total - que não possuem água canalizada em casa. Também é preocupante o dado da PNS que mostra que quatro em cada 10 casas do país - ou cerca de 78 milhões de pessoas - vivem sem sequer um banheiro.
Quase 90% dos domicílios brasileiros são atendidos por coleta de lixo direta. Isso equivale a 58,2 milhões de casas.
Entre os animas de estimação, os cachorros são preferência nacional: 44,3% dos domicílios possuem pelo menos um cãozinho em casa. No total, existem 52,2 milhões de cachorros vivendo em casas brasileiras - em média, cada casa tem 1,8 animal. Já os gatos, estão presentes em 17,7% dos domicílios , o que equivale a 11,5 milhões de casas. Em 75,4% dos domicílios que possuíam esses animais, todos os cachorros e gatos haviam sido vacinados contra a raiva nos últimos 12 meses.