Do dia 14 de junho até esta segunda-feira, 74 municípios gaúchos reportaram à Defesa Civil do Rio Grande do Sul danos em virtude de alagamentos, inundações e deslizamentos de terra.
Na última semana, fortes temporais com granizo atingiram o estado e destelharam casas, comércios e órgãos públicos. Confira abaixo como cada cidade foi afetada.
Tipos de ocorrências
- Arroio do Tigre: uma tempestade de granizo atingiu 250 casas. Equipes da prefeitura estão mobilizadas na distribuição de lonas.
- Cachoeira do Sul: as chuvas deixaram 46 pessoas desabrigadas e 49 desalojadas.
- Cruzeiro do Sul: o transbordamento de arroios resultou no alagamento de casas e ruas. Cerca de 348 moradores ficaram desalojados.
- Dom Pedro de Alcântara: ocorreu um movimento de massa que ocasionou o desmoronamento de uma comunidade religiosa, sem registro de feridos.
- Estrela: o transbordamento de arroios resultou no alagamento de casas e ruas. Cerca de 184 moradores ficaram desalojados e outros 104 desabrigados.
- Igrejinha: as chuvas deixaram 58 pessoas desabrigadas e 70 desalojadas.
- Lagoão: uma tempestade de granizo atingiu 300 casas. Equipes da prefeitura estão mobilizadas na distribuição de lonas.
- Maquiné: o distrito de Barra do Ouro ficou ilhado, deixando cerca de 2 mil pessoas sem acesso a ERS-484 e ERS-239. Ao menos 20 moradores ficaram desabrigados.
- Montenegro: as chuvas deixaram 200 pessoas desabrigadas e 1.200 desalojadas.
- Nova Santa Rita: as chuvas deixaram 20 desalojados.
- Parobé: a cidade registrou alagamentos nos bairros XV de junho, Paraíso, Mariana e Loteamento São João (Santa Cristina do Pinhal). Cerca de 60 pessoas ficaram desabrigadas e outras 150 desalojadas.
- Rio Pardo: com as chuvas, 11 pessoas precisam ser removidas de áreas de risco.
- Rolante: os temporais causaram obstrução de vias e deslizamentos. Três pessoas ficaram desabrigadas.
- Santa Cruz: foi registrada a queda de duas árvores, um deslizamento de terra e diversas inundações.
- Santa Tereza: em virtude do grande acumulado de chuvas que atingiram o município, houve registro de elevação do nível do Rio Taquari, que alagou casas, praças e demais instalações na parte baixa da cidade.
Cerca de 68 moradores ficaram desalojados
- São Jerônimo: foram registrados alagamentos e inundações no bairro Picada e Cidade Verde. Há 86 pessoas desabrigadas e 600 desalojadas.
- São Luiz Gonzaga: 400 pessoas ficaram desalojadas, uma ferida e cerca de 15 mil afetadas.
- Sapiranga: a prefeitura realizou o resgate de 17 pessoas desabrigadas para o ginásio de uma escola. Há o registro de outras 112 desalojadas.
- Sapucaia do Sul: a cidade teve pontos de alagamentos e enchente na região ribeirinha. Há 14 pessoas desabrigadas e 80 desalojadas.
- Segredo: a tempestade de granizo causou danos em 131 residências. Equipes da prefeitura foram mobilizadas na distribuição de lonas.
- Taquara: além da obstrução de vias, há 24 pessoas desabrigadas e 50 desalojadas.
- Triunfo: chuvas ocasionaram alagamento em diversas residências. Há 35 pessoas desabrigadas e 110 desalojadas.
- Três Coroas: há oito pessoas desabrigadas e 120 desalojadas.
Os demais municípios afetados registraram chuvas intensas, alagamentos e inundações pontuais, e destelhamentos.
Elevação do Guaíba
As chuvas levaram ainda uma frente fria intensa ao Rio Grande do Sul, que deve durar toda a semana, e têm contribuído para a elevação do nível do Guaíba. Na última atualização da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), às 12h, o lago estava em estágio de alerta com altura de 3,35 metros, 25 centímetros abaixo da cota de inundação.
O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aponta a manutenção dos níveis do Guaíba acima da cota de alerta, de 3,15 metros, nos próximos dias, com episódios de oscilação e possíveis elevações adicionais.
Os pesquisadores apontam que a redução para abaixo do nível de alerta deve ocorrer apenas ao final da semana, a depender dos ventos, chuvas previstas e volumes afluentes dos rios. Segundo o instituto, as previsões meteorológicas mais atualizadas indicam tempo chuvoso ao longo dos próximos dez dias.
O IPH recomenda atenção especial a população afetada, ações para a limpeza das áreas afetadas e restabelecimento o quanto antes das estruturas de proteção em precaução a alagamentos e inundações futuras.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)