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"Candelária, nunca mais", pede Francisco

O pontífice se reuniu e rezou com oito jovens - seis rapazes e duas moças - de quatro centros de detenção do Rio

O papa repetiu: "Candelária, nunca mais" e pediu que se reze "por todos os menores vítimas de violência" que estão presos, ou que vivem nas ruas (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 21h14.

"Candelária, nunca mais", pediu o papa Francisco nesta sexta-feira, após se reunir com menores infratores no Rio de Janeiro, em referência à chacina de oito meninos de rua pela polícia diante da Igreja da Candelária, em 1993, que chocou o país.

O pontífice se reuniu e rezou com oito jovens - seis rapazes e duas moças - de quatro centros de detenção do Rio. O grupo ofereceu um rosário artesanal a Francisco. Nas pérolas do rosário, estão escritos os nomes dos garotos assassinados e, sobre a cruz, aparece a inscrição "Candelária, nunca mais".

O papa repetiu: "Candelária, nunca mais" e pediu que se reze "por todos os menores vítimas de violência" que estão presos, ou que vivem nas ruas.

Os menores se sentaram em círculo em torno do papa, na sede da Arquidiocese do Rio, o Palácio São Joaquim, na Glória, por meia hora.

"Cada um se levantava na sua vez e vinha se sentar perto dele, para falar com ele, levando objetos religiosos para que ele os abençoasse", contou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.


"Uma das meninas, muito emocionada, entoou uma canção que ela mesma compôs para o papa e leu para ele uma longa carta em nome de todos", acrescentou.

Depois disso, o papa almoçou com 12 jovens peregrinos do mundo inteiro. A francesa Anne-Sophie Peiffer, de 27 anos, disse aos jornalistas que mostrou ao papa a foto de um jovem conhecido que seria operado, mais uma vez, do coração. Ela lhe perguntou, então, sobre o sofrimento dos inocentes.

"Estamos com medo", respondeu o papa, "então, temos vontade de correr para os braços da nossa mãe".

"Deus, Ele, compreende. É tendo esse amor pelas pessoas que sofrem que nos aproximamos Dele", acrescentou Francisco, segundo a jovem.

O papa convidou os jovens a "se voltarem para nossa mãe, a Virgem Maria".

Os temas da dignidade, do compromisso, dos valores, das vocações e do desemprego entre os jovens também surgiram no encontro.

"Estamos tirando a dignidade da nova geração", afirmou o papa, ao falar sobre o desemprego.

Sobre a pobreza, ele advertiu: "todo o mundo sabe que há pessoas que morrem de fome, mas não é uma notícia, enquanto que uma quebra financeira é uma notícia".

À exceção da África, todos os continentes estavam representados no almoço.

Francisco falou em espanhol e em português e pediu aos seus interlocutores anglófonos que falassem devagar em inglês.

Com esse almoço, Francisco mantém a tradição iniciada por Bento XVI na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

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"Candelária, nunca mais", pediu o papa Francisco nesta sexta-feira, após se reunir com menores infratores no Rio de Janeiro, em referência à chacina de oito meninos de rua pela polícia diante da Igreja da Candelária, em 1993, que chocou o país.

O pontífice se reuniu e rezou com oito jovens - seis rapazes e duas moças - de quatro centros de detenção do Rio. O grupo ofereceu um rosário artesanal a Francisco. Nas pérolas do rosário, estão escritos os nomes dos garotos assassinados e, sobre a cruz, aparece a inscrição "Candelária, nunca mais".

O papa repetiu: "Candelária, nunca mais" e pediu que se reze "por todos os menores vítimas de violência" que estão presos, ou que vivem nas ruas.

Os menores se sentaram em círculo em torno do papa, na sede da Arquidiocese do Rio, o Palácio São Joaquim, na Glória, por meia hora.

"Cada um se levantava na sua vez e vinha se sentar perto dele, para falar com ele, levando objetos religiosos para que ele os abençoasse", contou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.


"Uma das meninas, muito emocionada, entoou uma canção que ela mesma compôs para o papa e leu para ele uma longa carta em nome de todos", acrescentou.

Depois disso, o papa almoçou com 12 jovens peregrinos do mundo inteiro. A francesa Anne-Sophie Peiffer, de 27 anos, disse aos jornalistas que mostrou ao papa a foto de um jovem conhecido que seria operado, mais uma vez, do coração. Ela lhe perguntou, então, sobre o sofrimento dos inocentes.

"Estamos com medo", respondeu o papa, "então, temos vontade de correr para os braços da nossa mãe".

"Deus, Ele, compreende. É tendo esse amor pelas pessoas que sofrem que nos aproximamos Dele", acrescentou Francisco, segundo a jovem.

O papa convidou os jovens a "se voltarem para nossa mãe, a Virgem Maria".

Os temas da dignidade, do compromisso, dos valores, das vocações e do desemprego entre os jovens também surgiram no encontro.

"Estamos tirando a dignidade da nova geração", afirmou o papa, ao falar sobre o desemprego.

Sobre a pobreza, ele advertiu: "todo o mundo sabe que há pessoas que morrem de fome, mas não é uma notícia, enquanto que uma quebra financeira é uma notícia".

À exceção da África, todos os continentes estavam representados no almoço.

Francisco falou em espanhol e em português e pediu aos seus interlocutores anglófonos que falassem devagar em inglês.

Com esse almoço, Francisco mantém a tradição iniciada por Bento XVI na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

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