Boto-cor-de-rosa corre perigo na Amazônia
A reprodução lenta do boto contribuiu para sua vulnerabilidade
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 18h18.
Sannie Brum, pesquisadora do Instituto Piagaçu (Ipi), recebeu apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza para se juntar a 35 comunidades pesqueiras do Amazonas e estudar a pesca da piracatinga, peixe muito apreciado na Colômbia, mas desvalorizado no Brasil por se alimentar de animais em decomposição.
A atividade utiliza golfinhos como isca, sendo o boto-vermelho, também conhecido como boto-cor-de-rosa, a principal vítima da prática.
A mortalidade da do boto está bem acima de qualquer limite seguro para sua conservação na região. Teoricamente, se até 16 espécimes morrem anualmente, sua preservação está garantida. Com a pesca da piracatinga, são mortos de 67 a 144 botos-vermelhos.
Por conta da exportação para a Colômbia, a atividade pesqueira em torno da piracatinga é importante fonte de recurso para a população local.
E, apesar do baixo valor comercial, a produtividade é alta - na área de pesquisa, o volume é de, no mínimo, 15 toneladas por ano. Mas, segundo Sannie, se nada for feito, o boto-vermelho vai acabar como o golfinho de água doce chinês, que foi declarado extinto em 2007.
A reprodução lenta do boto contribuiu para sua vulnerabilidade. Após dez meses de gestação, as fêmeas cuidam de seus filhotes por quatro anos. Fiscalização e programas de educação ambiental são alternativas apontadas pelo grupo de pesquisa para evitar a extinção da espécie .
Mas, apesar de a pesca ser a principal ameaça à vida do boto-vermelho, não é a única.
O grande fluxo de embarcações no Pará e a exploração e o transporte de óleo e gás em Manaus degradam seus habitats, assim como turismo desordenado, implantação de novas usinas hidrelétricas e atividades de garimpo e mineração.
Sannie Brum, pesquisadora do Instituto Piagaçu (Ipi), recebeu apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza para se juntar a 35 comunidades pesqueiras do Amazonas e estudar a pesca da piracatinga, peixe muito apreciado na Colômbia, mas desvalorizado no Brasil por se alimentar de animais em decomposição.
A atividade utiliza golfinhos como isca, sendo o boto-vermelho, também conhecido como boto-cor-de-rosa, a principal vítima da prática.
A mortalidade da do boto está bem acima de qualquer limite seguro para sua conservação na região. Teoricamente, se até 16 espécimes morrem anualmente, sua preservação está garantida. Com a pesca da piracatinga, são mortos de 67 a 144 botos-vermelhos.
Por conta da exportação para a Colômbia, a atividade pesqueira em torno da piracatinga é importante fonte de recurso para a população local.
E, apesar do baixo valor comercial, a produtividade é alta - na área de pesquisa, o volume é de, no mínimo, 15 toneladas por ano. Mas, segundo Sannie, se nada for feito, o boto-vermelho vai acabar como o golfinho de água doce chinês, que foi declarado extinto em 2007.
A reprodução lenta do boto contribuiu para sua vulnerabilidade. Após dez meses de gestação, as fêmeas cuidam de seus filhotes por quatro anos. Fiscalização e programas de educação ambiental são alternativas apontadas pelo grupo de pesquisa para evitar a extinção da espécie .
Mas, apesar de a pesca ser a principal ameaça à vida do boto-vermelho, não é a única.
O grande fluxo de embarcações no Pará e a exploração e o transporte de óleo e gás em Manaus degradam seus habitats, assim como turismo desordenado, implantação de novas usinas hidrelétricas e atividades de garimpo e mineração.