Bolsonaro diz que governo irá trabalhar preço dos combustíveis
O aumento dos combustíveis levou à demissão do então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Mesmo assim Bolsonaro não conseguiu conter os preços
Reuters
Publicado em 31 de agosto de 2021 às 11h35.
Última atualização em 31 de agosto de 2021 às 12h16.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira em conversa com apoiadores que o governo irá "começar a trabalhar" no preço dos combustíveis , mas não adiantou o que pode ser feito além de cobrar, mais uma vez, mudanças no ICMS.
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"Então agora está saneada a Petrobras, a gente começa agora a trabalhar na questão do preço dos combustíveis", disse Bolsonaro. "Mas não adianta a gente tratar de preço se o ICMS tiver esse valor variável, que interessa aos governadores."
O presidente tem sido constantemente cobrado pelo alto valor dos combustíveis e do gás de cozinha, que tiveram aumentos recorde desde o ano passado. Em alguns locais, o litro da gasolina já chega a 7 reais, enquanto o botijão de gás de cozinha está em torno de 100 reais.
O aumento dos combustíveis levou à demissão do então presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e sua troca pelo general Joaquim Silva e Luna, mas ainda assim Bolsonaro não conseguiu conter os preços.
Insinuações anteriores de alguma forma de controle de preços, no entanto, sempre levaram a reações contrárias do mercado financeiro.
Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto de lei que pretende transformar o ICMS sobre combustíveis, cobrado pelos estados, em um valor fixo. Apesar das principais razões da alta serem o preço do petróleo no mercado internacional e o valor do dólar frente o real, o presidente culpa o ICMS pelo alto custo.
Nesta terça-feira, voltou a dizer que pretende ver o projeto de lei aprovado e disse que governadores aumentaram o ICMS quando o governo federal zerou a Cide, tributo federal, sobre o diesel.