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Bolsonaro enviará Osmar Terra para posse do presidente da Argentina

Na semana passada, o presidente disse que não faria retaliações a Alberto Fernández e afirmou que não participaria da posse do político

Jair Bolsonaro e Alberto Fernández, líder do Executivo brasileiro disse que não iria à posso do novo presidente da Argentina (Montagem/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 21h16.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) enviará o ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), para a posse de Alberto Fernández no cargo de presidente da Argentina , em 10 de dezembro. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, nesta quarta-feira, 6. Bolsonaro disse na última semana que não iria à posse.

A imprensa argentina chegou a noticiar que o vice-presidente, Hamilton Mourão, participaria da cerimônia. Segundo Rêgo Barros, o ministro da Cidadania será um "representante digno da diplomacia" no evento.

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"Cidadão riograndense, com larga experiência naquela área, fluente inclusive no idioma castelhano e um representante digno do nosso País, da diplomacia, das nossas relações bilaterais com a Argentina. Brasil se faz muito bem representado. Se isso demonstrar aproximação do Brasil com a Argentina, pode ser referendada pela pessoa do senhor ministro", declarou Rêgo Barros.

Na semana passada, Bolsonaro disse que não faria retaliações ao novo presidente. "Olha a Argentina na situação complicada em que se encontra. Nosso irmão do sul. Peço a Deus que dê tudo certo lá. Torci pelo outro, né. Já que (Fernández) ganhou, vamos em frente. Não tem qualquer retaliação da minha parte", disse o presidente.

A Argentina elegeu em 27 de outubro para a Casa Rosada o peronista Alberto Fernández, cuja vice-presidente será Cristina Kirchner. Aliado de Bolsonaro, Macri foi derrotado no primeiro turno. O presidente brasileiro já havia lamentado o resultado e dito que não cumprimentaria a chapa vencedora. Bolsonaro também ficou incomodado com uma imagem publicada por Fernández, horas antes do resultado, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde o ano passado, no âmbito da Operação Lava Jato.

Equívoco nas redes sociais

Segundo o porta-voz, Bolsonaro reconhece que foi um equívoco publicação em suas redes sociais afirmando que as multinacionais Honda, L'Oréal e a fabricante americana de motores MWM estavam deixando a Argentina para se instalar no Brasil. "Foi um equívoco. O presidente reconhece. Pede desculpas. Em razão da identificação do equívoco, ele pediu que a publicação fosse retirada", disse. Cerca de uma hora depois da publicação, na manhã desta quarta, 6, Bolsonaro apagou o tuíte.

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