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Atritos vêm daqueles que não querem largar a velha política, diz Bolsonaro

Durante café no Chile, presidente brasileiro afirmou que a maioria dos políticos não está contaminada pela prática da troca de favores por votos

Bolsonaro no Chile: presidente se encontrou com empresários na manhã deste sábado (23) (Rodrigo Garrido/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2019 às 12h08.

Última atualização em 23 de março de 2019 às 12h43.

Santiago — Em meio a uma crise de relacionamento com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a política tradicional. Ele disse hoje, em café da manhã com empresários no Chile, que os atritos são causados por pessoas que "não querem largar a velha política".

"Os atritos que acontecem no momento mesmo estando calado fora do Brasil acontecem na política lá dentro porque alguns, não são todos, não querem largar a velha política", disse o presidente. Bolsonaro não citou nomes. Ele disse ter recebido o governo em uma crise "ética, moral e econômica", classificou o Brasil como "campeão da corrupção", mas com grande chance de sair do buraco desde que o país aprove as reformas, principalmente da Previdência.

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"Temos chance sim grande de sair dessa situação que nós encontramos com as reformas. E a primeira delas, a mais importante é essa da Previdência", disse o presidente.

Bolsonaro voltou a atacar a "velha política" ao reclamar das reações negativas à montagem de seu ministério. "Como nós chegamos sem apoios políticos partidários escolhemos um ministério, com pessoas que queriam participar do governo por patriotismo. Montamos nosso ministério desagradando os políticos tradicionais", afirmou o presidente. "Então com a política tradicional existem as reações ainda por parte de alguns da classe política. Mas acredito que a maioria não esteja contaminada", completou.

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