Biden elogia Brasil e pede maior participação internacional
"O Brasil já não é um poder emergente, vocês emergiram e todo o mundo se deu conta disso", acrescentou o vice-presidente dos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 20h36.
Rio de Janeiro - O vice-presidente dos Estados Unidos , Joseph Biden, pediu nesta quarta-feira que o Brasil adote um papel mais ativo na promoção da democracia e dos direitos humanos no mundo, durante uma visita ao país na qual também impulsionou os vínculos econômicos bilaterais.
"Vocês não podem continuar dizendo que são uma nação em desenvolvimento, vocês já se desenvolveram", disse em discurso em um píer do Rio de Janeiro o político americano, ressaltando que isso traz como responsabilidade a adoção de posturas mais firmes em assuntos mundiais.
Biden disse que, como "líder do sul", em certas situações, o Brasil tem mais credibilidade que os EUA e outros países, e mencionou, por exemplo, o papel positivo que pode desempenhar nas transições democráticas no norte da África.
"Queremos que vocês reconheçam a diferença entre a interferência indevida nos assuntos de outros países e o aprofundamento da democracia e dos direitos humanos quando estão sob ataque", comentou.
"O Brasil já não é um poder emergente, vocês emergiram e todo o mundo se deu conta disso", acrescentou.
O vice-presidente, que chegou ao Brasil procedente de Trinidad e Tobago e Colômbia, disse que há "um novo sentimento de dinamismo nas Américas" e que existe um "momento de oportunidade para uma nova era de relações com os EUA".
"Não há nenhum parceiro mais significativo neste empenho que o Brasil", afirmou Biden, ressaltando que o país demonstrou que "é falsa a alternativa oferecida em outros países deste hemisfério e do mundo" entre democracia e desenvolvimento, embora não tenha citado nenhum deles.
O outro eixo do discurso de Biden foi o econômico e, nesse sentido, destacou o conhecimento dos Estados Unidos na extração de petróleo em águas profundas, como o pré-sal do Brasil, e disse que está pronto para ser sócio do país nesses empreendimentos.
Posteriormente, Biden se reuniu com diretores da Petrobras e com um grupo de empresários dos dois países no parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Eunice de Carvalho, gerente de Chevron no Brasil, declarou à imprensa após o encontro que sua empresa ainda está analisando se participará dos próximos leilões do pré-sal.
Na reunião com os empresários, Biden se manifestou otimista sobre a perspectiva de um aumento da cooperação e dos projetos conjuntos, em áreas como energia, indústria pesada, aviação, infraestrutura e manufaturas.
"Isto não é uma via de uma só direção", salientou o vice-presidente, acrescentando que os dois países podem aprender um com o outro.
Atualmente, o comércio bilateral está próximo de US$ 100 bilhões ao ano, segundo Biden, que declarou que "não há razão para que não chegue a US$ 400 bilhões ou US$ 500 bilhões".
"Sei que para muitos no Brasil, os EUA não possuem um histórico impecável e há boas razões para esse ceticismo. Mas o mundo mudou, estamos superando alianças antigas, deixando para trás as velhas suspeitas", indicou.
Biden visitará amanhã uma comunidade do Rio, na qual conversará sobre políticas de segurança que permitiram tirar de traficantes o controle de algumas áreas pobres da cidade.
Na sexta-feira, já em Brasília, o vice-presidente americano será recebido pela presidente Dilma Rousseff, a quem transmitirá formalmente o convite para visitar a Casa Branca no próximo dia 23 de outubro.
Será a única visita de Estado deste ano em Washington, uma denominação que contempla honras especiais, como um jantar de gala em sua homenagem. Será também a segunda viagem à capital americana da presidente após a realizada em abril de 2012.
Após encontrar-se com a governante, Biden terá uma reunião de trabalho com o vice-presidente Michel Temer e concluirá sua visita com uma entrevista coletiva conjunta.
Rio de Janeiro - O vice-presidente dos Estados Unidos , Joseph Biden, pediu nesta quarta-feira que o Brasil adote um papel mais ativo na promoção da democracia e dos direitos humanos no mundo, durante uma visita ao país na qual também impulsionou os vínculos econômicos bilaterais.
"Vocês não podem continuar dizendo que são uma nação em desenvolvimento, vocês já se desenvolveram", disse em discurso em um píer do Rio de Janeiro o político americano, ressaltando que isso traz como responsabilidade a adoção de posturas mais firmes em assuntos mundiais.
Biden disse que, como "líder do sul", em certas situações, o Brasil tem mais credibilidade que os EUA e outros países, e mencionou, por exemplo, o papel positivo que pode desempenhar nas transições democráticas no norte da África.
"Queremos que vocês reconheçam a diferença entre a interferência indevida nos assuntos de outros países e o aprofundamento da democracia e dos direitos humanos quando estão sob ataque", comentou.
"O Brasil já não é um poder emergente, vocês emergiram e todo o mundo se deu conta disso", acrescentou.
O vice-presidente, que chegou ao Brasil procedente de Trinidad e Tobago e Colômbia, disse que há "um novo sentimento de dinamismo nas Américas" e que existe um "momento de oportunidade para uma nova era de relações com os EUA".
"Não há nenhum parceiro mais significativo neste empenho que o Brasil", afirmou Biden, ressaltando que o país demonstrou que "é falsa a alternativa oferecida em outros países deste hemisfério e do mundo" entre democracia e desenvolvimento, embora não tenha citado nenhum deles.
O outro eixo do discurso de Biden foi o econômico e, nesse sentido, destacou o conhecimento dos Estados Unidos na extração de petróleo em águas profundas, como o pré-sal do Brasil, e disse que está pronto para ser sócio do país nesses empreendimentos.
Posteriormente, Biden se reuniu com diretores da Petrobras e com um grupo de empresários dos dois países no parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Eunice de Carvalho, gerente de Chevron no Brasil, declarou à imprensa após o encontro que sua empresa ainda está analisando se participará dos próximos leilões do pré-sal.
Na reunião com os empresários, Biden se manifestou otimista sobre a perspectiva de um aumento da cooperação e dos projetos conjuntos, em áreas como energia, indústria pesada, aviação, infraestrutura e manufaturas.
"Isto não é uma via de uma só direção", salientou o vice-presidente, acrescentando que os dois países podem aprender um com o outro.
Atualmente, o comércio bilateral está próximo de US$ 100 bilhões ao ano, segundo Biden, que declarou que "não há razão para que não chegue a US$ 400 bilhões ou US$ 500 bilhões".
"Sei que para muitos no Brasil, os EUA não possuem um histórico impecável e há boas razões para esse ceticismo. Mas o mundo mudou, estamos superando alianças antigas, deixando para trás as velhas suspeitas", indicou.
Biden visitará amanhã uma comunidade do Rio, na qual conversará sobre políticas de segurança que permitiram tirar de traficantes o controle de algumas áreas pobres da cidade.
Na sexta-feira, já em Brasília, o vice-presidente americano será recebido pela presidente Dilma Rousseff, a quem transmitirá formalmente o convite para visitar a Casa Branca no próximo dia 23 de outubro.
Será a única visita de Estado deste ano em Washington, uma denominação que contempla honras especiais, como um jantar de gala em sua homenagem. Será também a segunda viagem à capital americana da presidente após a realizada em abril de 2012.
Após encontrar-se com a governante, Biden terá uma reunião de trabalho com o vice-presidente Michel Temer e concluirá sua visita com uma entrevista coletiva conjunta.