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Bandidos sequestram 2 na Zona Sul do Rio

Os dois sequestros foram abortados pelos militares; houve uma troca pesada de tiros que assustou os moradores

Operação policial na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em 22/09/2017 (Ricardo Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de setembro de 2017 às 16h52.

Última atualização em 23 de setembro de 2017 às 16h54.

Rio - Na tentativa de furar o bloqueio montado por militares às principais entradas da Rocinha , bandidos fortemente armados sequestraram um taxista e um estudante durante a madrugada de sábado, em diferentes pontos do bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro . Os dois sequestros foram abortados pelos militares. Houve uma troca pesada de tiros que assustou os moradores e chegou a fechar a Autoestrada Lagoa-Barra e os túneis Zuzu Angel e Rafael Mascarenhas, por cerca de uma hora, entre 4h30 e 5h35.

"Eu estava no Leblon com um amigo e fui deixá-lo em casa, no Jardim Botânico", contou o estudante Luis, de 25 anos, morador da Tijuca, na zona norte. "Ai surgiu esse elemento, armado com uma pistola. Me assustei e acelerei o carro, e ele atirou", acrescentou o rapaz, mostrando o buraco de bala na lataria do carro.

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Luis, que preferiu não divulgar seu nome completo, foi rendido e obrigado a levar o bandido até a Rocinha, pela Avenida Niemeyer. "Logo na entrada da favela demos de cara com uma base da Polícia do Exército", contou Luis, que ainda aguardava a liberação de seu carro na delegacia na manhã de hoje. O sequestrador fugiu, mas a polícia conseguiu apreender um fuzil AK-47 e uma pistola Glock. Luis, inicialmente confundido com um traficante, foi liberado.

Já o taxista foi sequestrado também no Jardim Botânico e levado para o alto do Horto, onde os bandidos que estavam no carro desembarcaram para que outros entrassem no veículo. Eles forçaram o motorista a seguir até a Rocinha. Com fuzis, atacaram uma patrulha e houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Em seguida, o táxi se deparou com as tropas.

"Pulei do carro e me escondi debaixo de uma caçamba de lixo. Ali, imaginei que não corria o risco de levar nenhum tiro. Fiquei até que o confronto terminasse. Deus é muito bom. Graças a Ele sai ileso", contou o taxista, que também pediu para não se identificar. Os bandidos conseguiram fugir para a comunidade, mas os militares apreenderam armas dentro do carro.

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